Em 30 de setembro de 1917, nasceu em Surubim, Pernambuco, José Abelardo Barbosa de Medeiros, conhecido como Chacrinha. Ele se destacou como comunicador de rádio e apresentador de programas de auditório na televisão brasileira entre as décadas de 1950 e 1980.
Antes da fama, ele estudava medicina no Recife. Aos 21 anos, no segundo ano da faculdade, mudou-se para o Rio de Janeiro e começou a trabalhar em rádios locais. Em 1943, lançou na Rádio Fluminense o programa Rei Momo na Chacrinha, que foi um sucesso. A partir de então, passou a ser chamado de Abelardo “Chacrinha” Barbosa.
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Nos anos 1950, liderou o programa Cassino do Chacrinha, de maneira a impulsionar vários artistas da música brasileira. Ele estreou na televisão em 1956, com o programa Rancho Alegre, na TV Tupi. Chacrinha trabalhou na TV Rio e, em 1970, foi contratado pela Rede Globo. Dois anos depois, retornou à Tupi e, em 1978, mudou-se para a TV Bandeirantes. Em 1982, voltou à Globo, onde fez sucesso com o programa Cassino do Chacrinha nas tardes de sábado. Ele é o autor da célebre frase: “Na televisão, nada se cria, tudo se copia”. Na década de 1970, ganhou o apelido de Velho Guerreiro, homenagem feita por Gilberto Gil na música Aquele Abraço.
O estilo de Chacrinha
Em seu programa na TV Globo, ele usava trajes extravagantes e uma buzina de mão para desclassificar calouros, além de contar com jurados e as chacretes. Em 1987, foi homenageado pela Escola de Samba Império Serrano com o enredo Com a boca no mundo — quem não se comunica se trumbica.
Seu aniversário de 70 anos, no mesmo ano, foi celebrado com um jantar oferecido pelo então presidente, José Sarney. Em 1988, Chacrinha adoeceu e morreu em 30 de junho, no Rio de Janeiro, em razão de um infarto e de uma insuficiência respiratória, além de uma batalha contra o câncer de pulmão.
Em 2009, a vida de Chacrinha foi retratada no filme Alô, Alô Teresinha, de Nelson Hoineff.