Em 4 de outubro de 1892, nasceu, em Umbuzeiro, na Paraíba, Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Melo. Conhecido como Chatô, ele se destacou na comunicação brasileira nas décadas de 1940 e 1950.
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Chatô liderou os Diários Associados, um conglomerado com 34 jornais, 36 rádios, 18 estações de TV, uma agência de notícias, revistas e uma editora. Sua influência era comparável à do Cidadão Kane.
Acusações e conexões políticas
Chatô, no entanto, teve grande parte de sua carreira envolta em controvérsias. Ele foi acusado, por exemplo, de chantagear empresas que não anunciavam em suas publicações e de difamar empresários.
Uma das maiores controvérsias que envolveu Chatô foi sua relação com a política e seu papel no golpe de 1930, que levou Getúlio Vargas ao poder.
Ele apoiou Vargas e usou seus meios de comunicação para promover a imagem do governo. Essa atitude gerou críticas de opositores que o viam como um manipulador da opinião pública.
Outra polêmica marcante foi sua rivalidade com outros jornalistas e empresários, como Roberto Marinho, que mais tarde fundou o Grupo Globo. Essa competição acirrada na mídia também o levou a conflitos pessoais e profissionais.
Contribuições culturais e políticas
Além de suas atividades na mídia, Chatô fundou o Museu de Arte de São Paulo (Masp), em 1947. Ele também foi eleito senador pela Paraíba, em 1952, e pelo Maranhão, em 1955.
Embora tenha renunciado ao cargo de senador para ser embaixador do Brasil em Londres, em 1954, Chatô ingressou na Academia Brasileira de Letras (ABL). Ele ocupou a cadeira de Getúlio Vargas.
Nos anos 1960, seu império enfrentou dificuldades financeiras. Durante esse período, sofreu uma trombose que o deixou paralisado. Sua comunicação com o mundo limitou-se a uma máquina de escrever adaptada. Chatô morreu em 1968, em São Paulo.