A queda do Império Romano do Ocidente, no ano de 476, é considerada por muitos historiadores como o marco que sinalizou o fim da Antiguidade e o início da Idade Média.
Naquele ano, Rômulo Augusto foi forçado a abdicar pelo líder germânico Odoacro. A divisão do império em duas partes ocorreu pelas mãos de Diocleciano, em 286, e o Império Bizantino continuou até a queda de Constantinopla, em 1453.
Rômulo Augusto, que tinha menos de 20 anos quando assumiu o poder, era filho do general Orestes, de origem bárbara. Orestes havia servido a Átila, o Huno, e derrubado o último imperador legítimo, Júlio Nepos, que manteve autoridade sobre a Dalmácia. Os aliados de Orestes, insatisfeitos, depuseram Rômulo Augusto sob o comando de Odoacro, mas pouparam sua vida.
A queda do Império Romano do Ocidente foi resultado de diversos fatores, incluindo declínio cultural, crise econômica, falta de escravos e soldados, além das invasões bárbaras. Apesar de uma unificação linguística e mais tarde sob o cristianismo romano, o império abrigava várias culturas que foram assimiladas de forma incompleta.
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Um evento significativo antes da queda oficial do Império Romano do Ocidente foi o saque de Roma, em 410, pelos visigodos liderados por Alarico I. Foi o primeiro ataque em mais de 800 anos. Gradualmente, o império ocidental passou a ser controlado por tribos invasoras.
As dificuldades do Império Romano do Ocidente
Durante os séculos 3 e 4 d.C., o Império Romano do Ocidente enfrentou uma série de problemas internos:
- Crises econômicas: o império sofreu com inflação, altos impostos e uma economia em declínio. A desvalorização da moeda e a diminuição do comércio contribuíram para a instabilidade econômica.
- Instabilidade política: houve uma série de imperadores que subiram ao poder por meio de golpes militares, o que resultou em uma falta de continuidade e em estabilidade governamental. Os anos de crise (235-284 d.C.) foram marcados por uma série de imperadores efêmeros e golpes.
- Pressões militares: o império enfrentou invasões e pressões contínuas nas suas fronteiras, incluindo as invasões de povos germânicos, hunos e outros grupos bárbaros. A necessidade de manter as fronteiras defendidas colocou uma enorme carga sobre o império.
- Declínio militar: o império começou a depender cada vez mais de tropas mercenárias e bárbaros para a defesa, o que enfraqueceu a coesão militar e o controle sobre os territórios.