No dia 5 de outubro de 1713, nascia o filósofo francês Denis Diderot na cidade de Langres. Educado por jesuítas, ele se formou na Universidade de Paris, onde adquiriu uma sólida base intelectual. Ele é considerado um dos pais da Enciclopédia (em francês, Encyclopédie)
De 1745 a 1772, trabalhou como editor-chefe da monumental obra, composta por 35 volumes, que se tornou o principal símbolo do Iluminismo.
O projeto, realizado em colaboração com figuras como Jean le Rond d’Alembert, tinha como objetivo reunir e disseminar o conhecimento da época, desafiando a autoridade eclesiástica e monárquica.
Diderot também se destacou por suas contribuições filosóficas e literárias. Em Carta sobre os surdos e mudos (1751), investigou as funções da linguagem e a comunicação, enquanto em Reflexões sobre a Interpretação da Natureza (1754), propôs métodos empíricos para a investigação científica e filosófica, aproximando-se do pensamento materialista.
Além da Enciclopédia: as outras obras de Diderot
Ele foi pioneiro na crítica de arte, sendo amplamente admirado por seu Ensaio sobre a Pintura (1765), onde analisou as qualidades da arte e a relação entre o espectador e a obra.
Entre seus romances, destacam-se A Religiosa (1760), uma crítica à hipocrisia religiosa e ao confinamento forçado em conventos, e O Sobrinho de Rameau (1774), um diálogo satírico sobre moralidade e sociedade.
Além disso, Diderot foi um importante dramaturgo e teórico do drama, defendendo um teatro mais realista e próximo das experiências humanas.
Últimos anos e morte
Os últimos anos de Denis Diderot foram marcados por uma vida mais tranquila, mas ainda produtiva intelectualmente, embora ele tenha se afastado dos grandes projetos públicos.
Depois de décadas de trabalho intenso na Enciclopédia e em outras obras, ele se dedicou a revisar e refinar muitos de seus escritos, além de continuar correspondendo com outros pensadores da época.
Em 1773, Diderot foi convidado pela Imperatriz Catarina, a Grande da Rússia, para visitá-la em São Petersburgo. Admiradora de suas ideias, ela o contratou como conselheiro para a organização de sua biblioteca e para outras questões intelectuais.
Catarina comprou a biblioteca pessoal de Diderot, permitindo que ele continuasse a usá-la durante sua vida e garantiu uma pensão vitalícia a ele, o que aliviou suas dificuldades financeiras.
Diderot viveu seus últimos anos em Paris, onde continuou ativo na escrita e reflexão, embora seus trabalhos mais importantes já tivessem sido publicados. Ele morreu em 31 de julho de 1784, aos 70 anos, em Paris. A causa de sua morte foi uma doença gastrointestinal, descrita como uma crise apoplética, possivelmente relacionada a problemas digestivos ou circulatórios.
Foi enterrado no cemitério de Saint-Roch, em Paris, mas sua sepultura se perdeu ao longo do tempo, tornando-se um símbolo do anonimato em que muitas vezes os grandes pensadores caem depois de suas vidas.
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