No dia 5 de setembro de 1972, um ataque terrorista palestino marcou os Jogos Olímpicos de Munique, realizados na então Alemanha Ocidental. Conhecido como o Massacre de Munique, o episódio resultou na morte de 11 membros da equipe olímpica israelense.
Os atletas foram feitos de reféns pelo grupo terrorista Setembro Negro. Os extremistas invadiram a Vila Olímpica onde os atletas estavam hospedados.
Durante o sequestro, os terroristas mataram os atletas em diferentes momentos. Nenhum refém sobreviveu. Além disso, cinco terroristas foram neutralizados e um agente da polícia alemã perdeu a vida. O evento evidenciou a falta de preparo da polícia alemã para lidar com situações de terrorismo.
A repercussão negativa do caso impactou diretamente nos protocolos de segurança dos eventos seguintes.
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Em entrevista a Oeste, um brasileiro explicou como foi vivenciar esse momento de tensão no evento que tem objetivo de anunciar a paz e unir os países. Na época, Alberto Murray Neto tinha 7 anos quando teve a primeira experiência olímpica.
Ela acompanhou o avô, major Sylvio de Magalhães Padilha, que era presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB).
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“Me lembro bem do clima de terror que se instalou na cidade”, afirmou Murray. “Nós tínhamos a orientação da polícia alemã de não deixar o hotel do COI, que estava cercado por forte segurança armada.”
Saiba quem são os terroristas responsáveis pelo massacre em Munique
O Setembro Negro foi um grupo terrorista palestino formado no início da década de 1970. O nome do grupo faz referência a um evento conhecido como “Setembro Negro”, ocorrido em 1970.
Na ocasião, o então rei da Jordânia, Hussein, ordenou uma ofensiva contra militantes da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) e outros grupos palestinos. Essas células estavam baseadas na Jordânia.
O conflito resultou na na expulsão da OLP do país. Em resposta a essa repressão, facções radicais criaram o grupo terrorista que assassinaria 11 israelenses em Munique.
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Além do atentado na Alemanha, o grupo esteve envolvido em outros ataques contra a vida. Dentre eles, o assassinato do primeiro-ministro jordaniano Wasfi al-Tal, em 1971. A ofensiva tinha objetivo de retaliar a “repressão contra o Setembro Negro.”
A célula deixou um legado sombrio na história dos movimentos palestinos. Os radicais ficaram lembrados pela violência de suas ações e pelo impacto constante na segurança internacional. Além disso, afastaram a percepção global da população palestina.