Evaristo Pereira da Veiga e Barros foi uma figura de destaque no cenário cultural e político do Brasil no século XIX. Poeta, jornalista, político e livreiro, ele é mais conhecido por ser o autor da letra do Hino da Independência, cuja música foi composta por D. Pedro I.
Nascido em 8 de outubro de 1799, no Rio de Janeiro, Evaristo da Veiga era filho de uma família tradicional e recebeu uma educação refinada. Ele estudou francês, latim, inglês, além de ter cursado aulas de retórica, poética e filosofia, o que contribuiu para sua formação literária.
Seus versos também foram notáveis em outros eventos históricos. No casamento de D. Pedro I com D. Leopoldina, alguns de seus poemas foram declamados, reforçando sua proximidade com a corte e sua influência na sociedade da época. Muitas de suas poesias eram dedicadas a amigos, mostrando o caráter pessoal e afetuoso de sua obra.
O Hino da Independência
Foi em 1822, em meio ao processo de independência do Brasil, que Evaristo da Veiga escreveu a letra do Hino da Independência, cujo refrão se tornou icônico:
“Brava Gente Brasileira,
Longe vá, temor servil,
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.”
O Hino da Independência desempenhou um papel crucial na consolidação do sentimento patriótico e na construção da identidade nacional brasileira logo depois da proclamação de 1822.
Com o refrão “Brava Gente Brasileira, longe vá, temor servil, ou ficar a Pátria livre, ou morrer pelo Brasil”, o hino exaltava a luta pela liberdade e serviu como um símbolo de união popular em um momento de transição política.
Além de reforçar a autoridade de Dom Pedro I, a composição ecoou ideais liberais e permaneceu como um marco cultural e cívico nas comemorações de 7 de setembro.
A vida de Evaristo da Veiga
Além de poeta, Evaristo da Veiga teve uma carreira notável na política. Ele foi eleito deputado por Minas Gerais em 1834 e, durante seu mandato, defendeu ideias liberais e a consolidação do regime constitucional brasileiro.
Até o fim de sua vida, ele se dedicou à política, ao jornalismo e à sua livraria, sendo um dos fundadores do jornal Aurora Fluminense, veículo que foi crucial para a propagação de ideias liberais e nacionalistas no Brasil Imperial.
Evaristo da Veiga morreu prematuramente, em 12 de maio de 1837, no Rio de Janeiro, aos 37 anos, deixando um importante legado como defensor da liberdade, tanto na política quanto na arte e no jornalismo.
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