Em 8 de setembro de 1915, o Zeppelin da Alemanha, comandado por Heinrich Mathy, atacou o centro de Londres. A ofensiva resultou na morte de 22 pessoas e causou prejuízo de £ 500 mil. O Zeppelin, um dirigível rígido motorizado, foi concebido pelo inventor alemão Ferdinand Graf von Zeppelin, em 1900.
Embora um inventor francês tenha desenvolvido um dirigível décadas antes, o Zeppelin era o maior já construído devido à sua estrutura de aço. Contudo, essa estrutura de aço tinha uma desvantagem significativa: utilizava gás hidrogênio, que é altamente inflamável, em vez de gás hélio, que não é inflamável, tornando-os suscetíveis a explosões.
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Entre 1915 e 1916, os alemães obtiveram grande sucesso com os Zeppelins. Realizaram, entre outras ofensivas, ataques aéreos nas ilhas britânicas. Em 31 de maio de 1915, o primeiro ataque do Zeppelin a Londres resultou em 28 mortes e mais de 60 feridos. Até maio de 1916, os bombardeios alemães haviam causado a morte de 550 britânicos.
Quem foi o inventor do dirigível alemão
Heinrich Mathy, nascido em 1883 em Mannheim, Alemanha, foi um dos pilotos mais renomados. Em 8 de setembro de 1915, pilotando o Zeppelin L13, Mathy lançou bombas na área central de Londres.
No verão seguinte, Mathy pilotou o Zeppelin L31 em novos ataques a Londres nas noites de 24 e 25 de agosto de 1916. Seu dirigível foi danificado depois do pouso, e, enquanto aguardava reparos, Mathy foi informado de que os britânicos haviam desenvolvido balas incendiárias capazes de derrubar Zeppelins.
Pouco depois, Mathy escreveu de forma pessimista: “Será uma questão de tempo para que nos juntemos ao resto. Todo mundo tem este mesmo sentimento. Nossos nervos estão abalados pelos maus tratos. Se alguém disser que não é assombrado pelas visões de dirigíveis em chamas, esta pessoa não deve passar de um brincalhão”.
Sua previsão se concretizou. Na noite entre 1º e 2 de outubro de 1916, o dirigível de Mathy foi abatido em Londres. Ele foi enterrado em Staffordshire, em um cemitério destinado a alemães mortos em solo britânico durante as duas guerras mundiais.
Os detalhes sobre o Zeppelin da Alemanha
Os dirigíveis Zeppelin, desenvolvidos na Alemanha, foram uma das inovações mais notáveis no transporte aéreo no início do século 20. Eles foram nomeados em homenagem a Ferdinand von Zeppelin, um pioneiro na engenharia de dirigíveis e fundador da empresa que construiu esses gigantes do céu. Os Zeppelin desempenharam um papel importante na história da aviação e também têm um legado cultural significativo.
História e Desenvolvimento
Ferdinand von Zeppelin começou a trabalhar no conceito de dirigíveis rígidos, ou seja, dirigíveis com uma estrutura interna que mantém sua forma, no fim do século 19. O primeiro dirigível Zeppelin, o LZ 1, fez seu voo inaugural em 2 de julho de 1900. A inovação do Zeppelin era o uso de uma estrutura rígida de alumínio e uma série de compartimentos de gás, o que permitia uma maior capacidade de carga e estabilidade em voo, em comparação com dirigíveis não rígidos.
A empresa Luftschiffbau Zeppelin, fundada por Ferdinand von Zeppelin em 1908, tornou-se a principal fabricante dos dirigíveis que levariam seu nome. Durante a Primeira Guerra Mundial, os Zeppelin foram usados como aeronaves de reconhecimento e bombardeiros estratégicos. Seus voos sobre cidades inimigas, como Londres e Paris, foram uma forma precoce de guerra aérea.
Os modelos
Os dirigíveis Zeppelin eram conhecidos por suas grandes dimensões e capacidade de carregar passageiros e carga. Alguns dos modelos mais famosos incluem:
- LZ 127 Graf Zeppelin: Um dos mais bem-sucedidos dirigíveis, foi inaugurado em 1928. O Graf Zeppelin realizou vários voos de longo alcance, incluindo uma volta ao mundo em 1929.
- LZ 129 Hindenburg: O mais famoso dos dirigíveis Zeppelin, o Hindenburg foi inaugurado em 1936. Era um dos maiores dirigíveis já construídos e foi usado para voos transatlânticos de passageiros entre a Alemanha e os Estados Unidos. O Hindenburg é tristemente famoso por seu desastre em 6 de maio de 1937, quando pegou fogo enquanto tentava aterrissar em Lakehurst, New Jersey, resultando na morte de 36 pessoas e marcando o fim da era dos dirigíveis comerciais.
Tecnologia e características
Os dirigíveis Zeppelin eram equipados com motores a gasolina e tinham uma estrutura interna composta de uma série de anéis e suportes de alumínio que mantinham a forma do dirigível. Eles eram preenchidos com hidrogênio ou, mais tarde, com hélio, um gás menos inflamável. A capacidade de carga dos Zeppelin variava, mas eles eram conhecidos por transportar grandes quantidades de carga e passageiros em viagens transatlânticas e intercontinentais.
A tecnologia dos dirigíveis Zeppelin incluía:
- Estrutura rígida: A estrutura interna de alumínio ou duralumínio sustentava o envelope de gás, proporcionando maior estabilidade e capacidade de carga.
- Sistema de propulsão: Motores a gasolina eram utilizados para fornecer a propulsão necessária para voar, geralmente montados em gondolas externas.
- Controles de navegação: Incluíam lemes e superfícies de controle para manobras em voo, além de um sistema de dirigibilidade com elevadores e ailerons.
O legado do dirigível alemão
Os dirigíveis Zeppelin foram um marco na evolução da aviação e desempenharam um papel importante no transporte aéreo e na exploração. Eles representaram uma tecnologia avançada para a época e ajudaram a abrir o caminho para a aviação moderna. No entanto, os acidentes e a mudança para aeronaves mais rápidas e seguras levaram ao declínio da popularidade dos dirigíveis.
Hoje, o nome “Zeppelin” é sinônimo de uma era de inovação e elegância no transporte aéreo. Além disso, a imagem dos dirigíveis ainda carrega um charme nostálgico. A tecnologia de dirigíveis não desapareceu completamente; dirigíveis modernos ainda são usados para fins publicitários, turísticos e de vigilância, embora em uma escala muito menor do que na época de ouro dos Zeppelin.
O legado dos dirigíveis Zeppelin é também culturalmente significativo. É referenciado em várias obras de ficção e no imaginário coletivo sobre a era da exploração aérea.