Liev Tolstói nasceu em 9 de setembro de 1828, na Província de Tula, na Rússia. Ele conquistou noriedade ao escrever o livro Guerra e Paz (1869), que retrata a invasão napoleônica de 1812. Anos depois, escreveu a importante obra Anna Karenina (1877), focalizada em um caso extraconjugal.
Depois de deixar a universidade, Tolstói retornou à propriedade familiar para tentar ser fazendeiro. Contudo, as tentativas de gerenciar a propriedade rural fracassaram. Nessa época, começou a escrever um diário — hábito que influenciou sua ficção.
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Seu irmão Nikolay, em licença militar, o convenceu a se alistar no Exército. Inicialmente, Tolstói serviu no Cáucaso e, em novembro de 1854, foi transferido para Sebastopol, na Ucrânia, onde lutou na Guerra da Crimeia até agosto de 1855. Depois de deixar o Exército, no fim da Guerra da Crimeia, Tolstói voltou à Rússia e destacou-se na cena literária de São Petersburgo.
A independência de Liev Tolstói
Na vida intelectual, Tolstói não se alinhou a nenhuma escola de pensamento. Suas experiências militares e duas viagens à Europa, em 1857 e 1860, o influenciaram profundamente. Isso o tornou simpático ao anarquismo pacifista. Suas primeiras obras incluem as novelas autobiográficas Infância (1852), Adolescência (1854) e Juventude (1856).
Além disso, Tolstói escreveu contos, como Crônicas de Sebastopol (1855-1856). Em 1862, casou-se com Sophia Andreevna Behrs, com quem teve 13 filhos, dos quais oito chegaram à vida adulta. Guerra e Paz é considerada por muitos críticos a maior obra literária do século 19 e um marco da literatura russa.
Escrito entre 1865 e 1869, o romance narra a história de cinco famílias durante a invasão napoleônica da Rússia, com cerca de 580 personagens. Depois de Anna Karenina, o escritor focou em temas cristãos. Suas obras posteriores, como A Morte de Ivan Ilitch (1886) e O que deve ser feito? (1899), desenvolveram uma filosofia anarco-cristã. Essa filosofia resultou em sua excomunhão pela Igreja Ortodoxa da Rússia, em 1901
Ao rejeitar a herança e os direitos autorais de suas obras, Tolstói criou conflitos familiares, pois sua mulher e os filhos não queriam abrir mão do conforto.
Embora a família cuidasse dele, Tolstói abandonou a casa no inverno daquele ano. Durante uma viagem de trem, exposto ao frio e à fumaça, contraiu pneumonia. Morreu em 1910, aos 82 anos.