O apresentador Lair Rennó ganhou mais uma batalha judicial contra a TV Globo — o jornalista trabalhou na emissora carioca de 2001 a 2020.
Rennó tenta provar seu vínculo empregatício com a TV Globo e alega que a emissora sonegou todos os seus direitos previdenciários ao mudar seu contrato trabalhista.
Na decisão em segunda instância do processo, a desembargadora Juliana Vignoli Cordeiro entendeu, na última quarta-feira 27, que a emissora cometeu fraude.
Segundo ela, no período de abril de 2014 a janeiro de 2020, não estavam presentes os requisitos do vínculo empregatício na relação jurídica entre as partes. “Notadamente [havia] a subordinação, conforme prova testemunhal produzida nos autos”, diz a sentença.
De acordo com a desembargadora, os argumentos da Globo para provar que não havia relação trabalhista foram “bastante frágeis” e não “impugnam especificamente o robusto conjunto probatório existente”.
A TV Globo ainda pode recorrer, mas a Justiça novamente reconheceu a fraude. Rennó pede uma indenização de cerca de R$ 9 milhões, mas esse valor pode aumentar.
O site NaTelinha procurou o Dr. André Fróes de Aguilar, advogado do apresentador, mas ele preferiu não se manifestar sobre a decisão.
Trajetória de Lair Rennó no jornalismo
Em 2001, o apresentador mineiro, de 46 anos, iniciou sua carreira na TV Globo como repórter do EPTV Sul de Minas, telejornal local do Estado. Ele também teve passagens pelo Bom Dia Minas, MGTV, Radar MG, Globo News e, em 2012, migrou para o entretenimento.
De 2012 até dezembro de 2019, Rennó apresentou o Encontro com Fátima Bernardes, seu último trabalho na emissora. Desde fevereiro de 2022, ele trabalha na Record de Minas Gerais.