Não há justificativa para o ataque contínuo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do PT à política monetária do Banco Central (BC). Pela gravidade do momento, é hora de seriedade — é o que diz o jornal O Globo, em editorial publicado nesta quinta-feira, 19.
Para o jornal, os brasileiros são alvo de teses fantasiosas na economia “vindas de uma gestão que simplesmente se recusa a assumir a responsabilidade pela incerteza que semeou nos mercados ao recusar promover um ajuste fiscal na medida necessária”.
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O recrudescimento dos ataques ao BC nos últimos dias começou com o próprio presidente. Em entrevista ao Fantástico, Lula retomou suas críticas à alta dos juros.
“A única coisa errada neste país é a taxa de juros”, disse. “Não há nenhuma explicação. A inflação está quatro e pouco, é uma inflação totalmente controlada. A irresponsabilidade é de quem aumenta a taxa de juros todo dia, não é do governo federal”.
A explicação está clara para qualquer um que leia a ata do Comitê de Política Monetária do BC: as expectativas inflacionárias se deterioraram diante das repetidas declarações e atitudes de Lula e de seu governo diante da crise fiscal. O remédio recomendado pela ciência econômica nesses casos é subir os juros.
Ainda assim, na terça-feira, 17, a presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann, usou uma rede social para defender uma “nova política monetária”, com instrumentos que “não se curvem às chantagens e ao oportunismo financista”. Para evitar que os juros subam, ela propõe mudar a forma como são coletadas as expectativas.
Por óbvio, afirma o jornal, uma febre não vai embora só porque alguém decide trocar um termômetro que funciona por outro pior. “A investida é grave”, diz O Globo. “Lula, Gleisi e companhia teimam em não entender que, quanto mais falam absurdos que desafiam a ciência econômica, mais alta fica a conta que todos os brasileiros terão de pagar.”
Inflação não está sob controle, ao contrário do que diz Lula
Ao contrário do que diz o presidente, a inflação não está controlada, destaca a publicação. A previsão hoje é que os índices deste ano e do próximo superem a meta. Diante desse quadro, os diretores do BC são obrigados a aumentar os juros. “Foi assim que o Brasil venceu a hiperinflação na década de 1990, e é dessa forma que trabalham os bancos centrais onde impera o bom senso”, afirma o veículo.
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O chamado de Gleisi por uma “nova política monetária” coincide com a troca no comando do BC. Sai Roberto Campos Neto e assume Gabriel Galípolo, escolhido por Lula.
“Felizmente, a tentativa de pressão sobre Galípolo tem tudo para não dar em nada”, analisa O Globo. “Todas as votações do Copom têm sido unânimes, e ele e os demais diretores indicados por Lula têm plena autonomia para cumprir o mandato do BC.”
A aposta no modelo insustentável de crescimento à base de crédito barato e gasto público sem controle já deu errado no governo Dilma Rousseff. Mas os petistas parecem não ter aprendido nada, pontua o jornal. No atual mandato de Lula, a relação entre a dívida pública e o Produto Interno Bruto (PIB) deve aumentar 14 pontos porcentuais.
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Diante da falta de confiança e do risco do endividamento crescente, apenas um ajuste fiscal robusto vai ser capaz de deter a disparada do dólar e da inflação. Em maio de 2020, quando a moeda norte-americana foi cotada a R$ 4,61, Gleisi se manifestou para pedir que o governo Bolsonaro fizesse uma autocrítica.
“Será que, com o dólar acima de R$ 6, o PT conseguirá, finalmente, fazer a sua?”, conclui o texto.
Querem assaltar o banco, são bandidos
Esse jornaleco, que já foi respeitável outrora, poderia sugerir ao PT que o presidente amestrado do IBGE, Mario Pochman, acumule a presidência do BC. Assim como o jornal saúda as novas estatísticas “fabricadas” pelo diligente petista, ele igualmente declararia que os fundamentos da política econômica do governo Lula são os mais saudáveis do mundo. E pronto, tudo ficaria lindo outra vez !
Somente um agente muito forte no mercado, para em pouco espaço de tempo ter fôlego para aumentar obter uma escalada cambial deste porte. Esse agente só pode ser o próprio governo.
Dólar impacta no mercado de comodities. Brasil exporta mais comodities do que importa, sempre em dólar. Estamos vindo de um ano de seca, safra menor, mas os custos não mudaram, principalmente os financiamentos em reais advindos do governo. Para que não haja uma inadimplência enorme, o dólar alto faz com que a safra menor arrecade Maia em reais e pague ao financiamento da safra fraca desta ano e seja possível financiar a safra do próximo.
Fora que o grande capital nao tem mais os lucros da extorsão que foi praticada pela Petrobrás no governo Temer e Bolsonaro, sendo assim, uma oportunidade para o dinheiro dos ricos são comodities nacionais, que não foi favorecidas pelo clima esse ano, ou seja, o governo tem que abrir mão de alguma forma, porque esse pessoal sempre lucra e esse pessoal não pode quebrar a economia de vez, pois sem estado o dinheiro não tem valor.
Resumo, o governo é o grande agente que está retirando dólar do mercado para subir a moeda propositalmente, o resto é teatro da mídia e do próprio governo, a pergunta é qual limite que foi combinado?
Globo, nossa, não diga, verdade ?
Será que por conta do caixa baixo do desgoverno, os milhões de $$ para publicidade, não foram repassados e em represália, resolveram mostrar e comentar a realidade nua e crua do desastre econômico que estamos vivendo nestes tempos tenebrosos de administração lulo petista ?
É para ficar com o queixo caído, ler esses comentários, antes tarde do que nunca.
Aleluia !!!!