Âncora titular do SP2, da TV Globo, José Roberto Burnier venceu na Justiça uma ação que movia contra Renan dos Santos, líder do MBL (Movimento Brasil Livre), que ofendeu o jornalista em 2015 ao detonar a cobertura da emissora sobre o pedido de impeachment da então presidente Dilma Rousseff.
Na ocasião, o político chamou o apresentador de “canalha” e ainda fez uma montagem retratando o veterano como uma prostituta que oferecia serviços à chefe do Executivo.
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De acordo com a coluna de Rogério Gentile, do UOL, a Justiça de São Paulo penhorou R$ 100 mil de cotas de um fundo de investimento de Renan dos Santos depois da sentença.
Santos acusou José Roberto Burnier de ser um “esquerdista global de joelhos para o PT”. Na ação, o âncora garantiu que se manteve neutro diante da notícia e que sofreu uma tentativa de intimidação. O presidente do MBL alegou que a palavra “canalha” seria um sinônimo de “esperto, astuto e velhaco”, portanto não seria uma ofensa.
Líder do MBL diz que comentários sobre Burnier foram humorísticos
Renan dos Santos alega que se baseou na liberdade de expressão para fazer as declarações sobre o apresentador da Globo, o que não foi aceito pela Justiça. Ele alegou não ter feito a montagem fotográfica e também revelou que a foto era uma sátira, uma charge de humor que não abusa do direito de crítica. A justificativa, no entanto, não colou.
Ainda assim, a condenação foi de R$ 20 mil, sem direito a recurso, pois o processo já transitou em julgado. José Roberto Burnier apresentou cálculos de que a dívida seria de R$ 75 mil, considerando honorários advocatícios, mas ainda não há expectativas de que haja uma revisão dos cálculos.
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