A CNN Brasil decidiu afastar Elisa Veeck da cobertura do Banco Central devido ao seu relacionamento com Gabriel Galípolo, indicado para presidir a instituição pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em comunicado, a emissora informou que Elisa Veeck não participará de apurações nem conduzirá coberturas relacionadas à autoridade monetária.
“A CNN Brasil, comprometida com as melhores práticas jornalísticas, informa que a âncora Elisa Veeck não participará de apurações nem comandará coberturas de fatos e eventos que envolvam o indicado à presidência do Banco Central, Gabriel Galípolo”, disse, em nota. “O posicionamento segue em conformidade com os padrões da matriz, a CNN internacional, e asseguram a credibilidade do nosso jornalismo.”
A indicação de Galípolo foi anunciada na última quarta-feira, 28, pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Agora, o nome precisa ser aprovado pelo Senado.
As etapas da aprovação de Galípolo
O processo de aprovação no Senado envolve várias etapas: a indicação é enviada ao Senado, lida em plenário e encaminhada à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Um relator é designado para elaborar um parecer sobre a capacidade do indicado para o cargo.
Conforme apurou Oeste, a ala governista pretende ainda iniciar o “beija-mão” nos gabinetes dos senadores na próxima semana, quando a Casa estará funcionando em esforço concentrado. Desse modo, os senadores estarão na Casa presencialmente.
Apesar disso, o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o presidente da CAE, Vanderlan Cardoso (PSD-GO), ainda não indicaram nenhuma data. A Oeste, Cardoso disse que ainda não há “previsão” para a sabatina.
Galípolo será sabatinado pela CAE, que decidirá se aprova ou não a indicação. São necessários votos da maioria simples dos 27 membros da comissão. Após a aprovação, o parecer é lido em plenário e os 81 senadores votam.
Para ser aprovado, Galípolo precisa da maioria simples dos votos. Se aprovado, o Senado comunica a presidência, que publica o nome no Diário Oficial da União.
O atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, permanece no cargo até dezembro deste ano, depois de cumprir um mandato de quatro anos previsto em lei.
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