Com a aprovação da chamada “Lei Ônibus” pela Câmara dos Deputados nesta semana, o presidente da Argentina, Javier Milei, abre espaço para “corrigir desequilíbrio crônico” na economia do país. É o que afirma o editorial do jornal O Globo publicado nesta quinta-feira, 2.
Inicialmente derrotado pela oposição na primeira votação, realizada em fevereiro, Milei se mostrou aberto ao diálogo e discutiu item a item com deputados e governadores das Províncias, responsáveis por controlar as bancadas locais.
Como resultado, o libertário conquistou uma aprovação “menos ambiciosa, mas transformadora”, como cita O Globo.
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O projeto, que agora segue para o Senado, propõe reformas que abrem caminho para privatizações e ampliação temporária dos poderes de Milei. A proposta também prevê mudanças na legislação trabalhista e fiscal — o que inclui a redução da isenção do Imposto de Renda.
“A vitória desta semana reduz as dúvidas sobre a capacidade de Milei governar”, afirma O Globo, em trecho de seu editorial. “A principal incerteza agora é o nível de tolerância da população ao ajuste necessário que ele pretende implantar.”
Uma das medidas mais controversas do projeto é a concessão ao Executivo da Argentina a capacidade de governar sem o Congresso em quatro áreas por um ano: administrativa, econômica, financeira e energética, levantando críticas da oposição sobre uma suposta concentração de poder.
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O mecanismo, no entanto, está previsto na Constituição do país sul-americano e já foi usado mesmo por opositores e antecessores do atual governo, como pelo ex-presidente peronista Alberto Fernández.
“Exaustos com a inépcia de sucessivos governos, os argentinos elegeram o ultraliberal Milei com a esperança de debelar a crise endêmica”, avaliou O Globo. “Ele acertou no diagnóstico de que as despesas do Estado precisam estar em linha com a capacidade dos cidadãos de pagar impostos. Por muito tempo os argentinos viveram acima de suas possibilidades, acumulando dívida, calotes e recessões.”
Vitórias de Milei
Mesmo antes da vitória na Câmara, o governo argentino já tinha motivos para comemorar, segundo a publicação brasileira. A inflação caiu para 11% em março, depois de um pico que chegou a 26% em dezembro.
O câmbio também foi destaque, com o peso dando sinais de estabilidade no mercado informal. Além disso, as contas públicas fecharam com superávit de US$ 315,4 milhões no primeiro trimestre — o primeiro em 16 anos.
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Se o antigo governo peronista apostou em uma espécie de “vale-tudo” fracassada para tentar se manter no poder, Milei agora precisa agir com a mesma velocidade para transformar seus planos em realidade.
Segundo O Globo, uma vez conquistada a vitória no Senado, o presidente argentino precisará colocar a “Lei Ônibus” em prática o mais breve possível. Assim, Milei conseguirá promover a guinada na economia, ou sua popularidade vai sofrer as consequências.
“Ao que parece, boa parte dos argentinos está ciente de que uma correção de rumo econômico era absolutamente necessária e não seria indolor”, diz o editorial do jornal brasileiro.
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Fato é que as decisões de Milei têm agradado: a aprovação do presidente argentino continua alta, em torno de 48%. Entre os que dizem se esforçar todo mês para pagar as contas, o libertário reúne apoio de 30%.
Milei assumiu o cargo de presidente da Argentina em 10 de dezembro do ano passado. Ele foi eleito em novembro de 2023, ao vencer o candidato Sergio Massa, da esquerda.
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O brasileiro não enxergou a necessidade de se ter um controle dos gastos públicos, a necessidade de enxugar o serviço público em todas as esferas, inaceitável pagarmos salários altos a grupos de marajás nos três poderes, hoje o rico é o funcionário público, e sua maior riqueza é a estabilidade, fazem o que querem e como querem, já o nosso vizinho está no caminho certo, vê o todo e não os poucos!
Enquanto o nosso país vizinho enxuga a máquina para aliviar o país dos descalabros da esquerda e controlar a inflação, o nosso desgoverno petista, gasta o que tem e o que não tem para se vingar do povo brasileiro por sua prisão MERECIDA e sua senilidade e mais seus ajudantes colocados na máquina pública sem mérito nenhum, está levando o Brasil para o fundo do poço.