Uma degustação de vinho virou processo na Justiça de São Paulo, depois que uma empresa do narrador Galvão Bueno, a Bueno Wines, não cumpriu o acordo. O problema ocorreu em maio de 2020, ano em que a companhia participou de um leilão de degustação — e não entregou o prêmio aos vencedores.
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A Central Única das Favelas (Cufa) organizou um leilão virtual beneficente para ajudar famílias com dificuldades durante a pandemia de covid-19. Artistas e personalidades do esporte apoiaram a ação por meio de doação de itens dos seus acervos pessoais e se dispuseram a participar do evento.
Artistas, como Pelé, Chitãozinho e Xororó e Maurício de Souza estiveram no evento. O locutor Galvão Bueno também cooperou, ao participar de uma degustação de vinhos com 20 pessoas na Bueno Wines.
Depois de quatro anos, o engenheiro Henri Zylberstajn, vencedor do leilão da degustação, entrou com um processo na Justiça. Ele pagou R$ 4,2 mil para participar do evento com o narrador, mas o prêmio nunca foi entregue.
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“Desde a arrematação, o autor [do processo] vem encontrando persistente resistência dos réus quanto ao cumprimento de suas obrigações”, disse Zylberstajn à Justiça. “Ora a desculpa são os compromissos internacionais, ora o documentário que Galvão está gravando sobre sua vida.”
De acordo com o site UOL, no processo, Zylberstajn quis contribuir com a arrecadação de recursos. Porém, comprou a degustação no leilão para promover um jantar com patrocinadores e parceiros do Instituto Serendipidade. A organização social foi criada pelo engenheiro para apoiar a inclusão de pessoas com deficiência.
“Galvão Bueno não honra com compromisso”
Zylberstajn é representado pelos advogados Arthur Zeger e Bruna Henriques, que cobram uma indenização por danos materiais e morais de R$ 44,2 mil à empresa de Galvão.
“Galvão e a Bueno Wines promoveram seus nomes como filantropos de evento beneficente de alta repercussão, mas não honraram com o compromisso assumido”, disse a defesa do engenheiro.
Segundo a ação judicial, a presença de Galvão no evento foi combinada pela filha do narrador, Letícia Galvão Bueno. Ela é sócia e administradora da vinícola Bueno Wines.
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A Justiça realizou uma audiência em 12 de março, mas os representantes da empresa não apareceram, sob a alegação de que não foram citados. O processo deve ser julgado nas próximas semanas.
Bueno Wines informou à Justiça que nunca se negou a participar do evento, mas que apenas ocorreu um desencontro de agendas. A empresa afirmou que continua à disposição para o agendamento do evento.
Além disso, a defesa da companhia alega que a dificuldade para definir a data não foi motivada apenas pelos compromissos de Galvão Bueno, mas também do engenheiro.
Me lembrei de Ronald Golias e até do Mazzaropi. Tragicômico.