Em editorial publicado nesta terça-feira, 3, o jornal O Estado de S. Paulo fez uma crítica à declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a falta de banheiros nas residências brasileiras e sua promessa de criar um programa para resolver o problema.
De acordo com o jornal, essa situação reflete a histórica deficiência no saneamento básico no Brasil e demonstra que a construção de banheiros sem conexão à rede de esgoto é uma solução superficial.
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“Lula disse ter tomado conhecimento do déficit de banheiros pela TV — o que é espantoso, não só porque essa informação está disponível há tempos em diversos estudos na área de saneamento, mas também porque o presidente dispõe de quase quatro dezenas de ministros, e é incrível que nenhum desses assessores tenha chamado sua atenção para esse terrível drama dos brasileiros”, escreve o Estadão.
Estadão revela que governo Lula se opõe à privatização
O jornal expõe a contradição no posicionamento do governo, liderado pelo PT. A legenda tradicionalmente se opõe à privatização das empresas de saneamento. O Estadão considera a privatização essencial para universalizar o acesso à água tratada e esgoto. Também menciona o Marco do Saneamento, que o Congresso aprovou em 2020, apesar do voto contrário da bancada do PT.
O Marco estabelece a meta de 90% da população com acesso à coleta de esgoto até 2033. No entanto, os avanços exigem um volume maior de investimentos.
“E é justamente o PT de Lula quem costuma se insurgir contra a privatização dessas empresas, essencial para que finalmente chegue água limpa e esgoto tratado para quem ainda não tem, fazendo com que esse vergonhoso atraso nacional finalmente acabe”, afirma o editorial.
Cerca de 1,3 milhão de moradias no Brasil não possuem banheiro de uso exclusivo
De acordo com o Instituto Trata Brasil, mais de 93 milhões de brasileiros não têm acesso à coleta de esgoto. Esse número representa 44% da população. Além disso, um estudo inédito da mesma instituição revelou que 1,3 milhão de moradias no país não possuem banheiro de uso exclusivo. Esse dado corresponde a 1,8% do total de residências.
Essa carência afeta aproximadamente 4,4 milhões de brasileiros, número superior à população do Uruguai. A ausência de banheiros é mais prevalente nas regiões Norte e Nordeste, que concentram 93,2% das moradias sem essa infraestrutura básica. No Nordeste, Estados como Maranhão, Bahia e Piauí apresentam as maiores proporções de domicílios sem banheiro exclusivo.
“Se quase metade da população não tem saneamento, a construção de banheiros sem interligação com a rede de esgoto é inócua”, opinou o Estadão.
Segundo o jornal, a construção de banheiros, por si só, não resolve os problemas estruturais relacionados à falta de saneamento básico no Brasil. Essa iniciativa é insuficiente se não for acompanhada de esforços mais amplos para universalizar o acesso à coleta e ao tratamento de esgoto.
Sem esse primeiro passo, milhões de brasileiros continuarão a enfrentar as consequências da falta de saneamento, como problemas de saúde e desigualdade social.
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Simples de resolver basta o governo criar o MINHA KAGADA MINHA VIDA e como a manezada come e caga pouco poluem menos por óbvio … aí seremos reconhecidos no mundo inteiro com o país dos cagões.
acho que o EStadão anda lendo as matérias da Oese e os comentários dos leitores…. he he he… foi dito neste espaço, não sei por quem, que o Lula parece só governar o Brasil há dois anos e que esqueceu do período que ele e a Dilma do PT estiveram no Poder. Portanto, faz tempo que o Lula não resolve o problema por “desconhecer” esta carência sanitária dos pobres brasileiros. O Lula deveria ser responsabilizado por declarações mentirosas e demagógicas.