Depois de instrumentalizar o poder de polícia do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para aumentar ainda mais seu capital político-institucional, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes parece não ter ficado satisfeito. É o que afirma o editorial do jornal O Estado de S. Paulo desta quarta-feira, 28.
Com a publicação da Folha de S.Paulo do teor de conversas que envolveu Moraes e assessores que sugerem a tal instrumentalização, o ministro não apenas determinou ex officio a abertura de um inquérito para apurar o vazamento do conteúdo, como ainda se pôs a presidir a investigação – sigilosa, por óbvio, como é de seu feitio.
Diante de mais essa mistura de papéis promovida por Moraes ao arrepio do devido processo legal, a defesa de um dos envolvidos nas conversas, Eduardo Tagliaferro, pediu ao presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, que Moraes fosse impedido de seguir como relator do inquérito, haja vista o seu “nítido interesse na causa”.
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Barroso indeferiu o pedido do ex-servidor do TSE e sustentou que, nas mensagens, não havia indícios de parcialidade de Moraes capazes de comprometer a sua permanência à frente do caso.
O Estadão destaca que, no último dia 25, Moraes determinou que a Secretaria Judiciária do STF procedesse à reautuação do inquérito sobre o vazamento, agora como uma simples petição – uma “PET”, no jargão técnico da Corte. “Na prática, trata-se de algo próximo a um rebaixamento, pois um inquérito, a rigor, deixou de existir do ponto de vista formal”, diz o jornal.
A questão é que, no mesmo despacho, o ministro determinou que a tal “PET” fosse “distribuída por prevenção ao Inquérito 4.781″, o chamado inquérito das fake news, que, ora vejam, é relatado pelo próprio Moraes.
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“Não se pode condenar quem veja nessa manobra uma forma de Moraes responder às críticas que tem recebido por sua atuação opaca à frente dos inquéritos mais sensíveis sob sua relatoria no STF”, afirma o jornal.
“Consta que a enorme concentração de poder pelo ministro na condução dos infindáveis inquéritos das fake news, das milícias digitais e dos atos antidemocráticos tem incomodado cada vez mais alguns de seus pares na Corte, ainda que, publicamente, tanto o STF como a Procuradoria-Geral da República (PGR) sejam enfáticos na defesa de Moraes”, acrescenta o veículo.
Apoio incondicional a Moraes é constrangedor
Todo esse apoio incondicional, no entanto, começa a ficar constrangedor, diante de evidências cada vez mais consistentes de que Moraes parece crer que vale tudo em nome de uma suposta defesa do Estado Democrático de Direito, até mesmo atropelar os ritos processuais mais “comezinhos”.
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Para o jornal, a produção de provas contra suspeitos de atentar contra a democracia fora do processo regular, como sugerem as conversas entre Moraes e seu principal auxiliar no STF, o juiz instrutor Airton Vieira, e entre este e Tagliaferro, estaria coberta por esse manto de sacralidade democrática na defesa do país contra a oposição.
“É disso que Moraes tem se valido para contestar até mesmo seus críticos de boa-fé, que jamais devem ser confundidos com os verdadeiros inimigos da democracia que detrataram a mais alta instância do Poder Judiciário com o claro objetivo de minar sua legitimidade como guardiã da Constituição ‘cidadã'”, afirma o Estadão.
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Exposto o seu peculiar método de intercâmbio de informações entre o STF e o TSE, Moraes se apressou em associar o vazamento a uma suposta ação insidiosa de “organização criminosa” que, em sua visão, teria como objetivo desestabilizar as instituições, fechar o STF e restaurar a ditadura no país. Nada menos.
“Concretamente, é forçoso dizer, se há algo em curso no país que pode, de fato, desestabilizar as instituições e, no limite, ameaçar o Estado Democrático de Direito é a atitude monocrática do ministro Alexandre de Moraes e a sua aparente incapacidade de reconhecer erros na condução de inquéritos sigilosos que há muitíssimo tempo já deveriam ter sido encerrados”, avalia a publicação.
“Tamanha concentração de poder em uma autoridade ou instituição é diametralmente oposta ao ideal republicano fundamental”, acrescenta o Estadão. “Ao agir como se pairasse acima do bem e do mal por força exclusiva de suas eventuais virtudes morais ou boas intenções, Moraes avilta o próprio Estado Democrático de Direito que ele jura defender.”
Como se diz: agora a Inez e morta Estadinho. A Falha de SP ja sentiu na carne o peso da censura alexandrina.
Quem pariu Matheus, agora embale
Moraes defende a ditadura jamais o estado democrático de direito, pura balela.
Não Respeita as leis, , rasgou a Constituição, incrível que só agora o Estadão se deu conta. Bem antes tarde do que nunca
Em um país sério com um Judiciário digno , Moraes já estaria fora.
Sendo patético.
Pelo amor de Deus, alguém tem que parar este maluco……
E só agora vocês estão notando isso?
É uma facção.
Parece que a imprensa dita “livre”,começa a acordar .Periodistas parecem desconhecer.o que ocorreu com a imprensa em países totalitários. Observem China,Rússia e os amigos do Sr Lula, Cuba,Venezuela e outros meliantes.Parte de nossa mídia já é bastante dependente da China ,por exemplo.Acredito em burrice e motivação ideológica. Não acredito que nossa mídia possa alegar ser inocente,sem malícia,simplório,incorruptível. Pobre Brasil.
Ajudaram a criar o monstro e agora estão reclamando??
Onde estava o estadinho nos últimos 5 anos? Fiquem espertos que em breve a guilhotina chegará também nos Jacobinos. Bando de crápulas!