Artigo de opinião publicado no jornal Estadão criticou a insistência do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em realizar o leilão do arroz, o qual já teria sido “vexaminoso.” A formalização da suspensão do pregão pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) ocorreu na última quarta-feira, 12, depois das suspeitas de irregularidades.
“Entre as vencedoras do leilão do arroz da Conab, havia somente uma empresa atuante do ramo”, sinalizou o jornal. “Além dela, uma fabricante de sorvetes, uma mercearia de bairro especializada em queijos e uma locadora de veículos receberiam nada menos que R$ 1,31 bilhão para importar 263,37 mil toneladas de arroz.”
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O jornal apontou que o “circo foi armado” no Palácio do Planalto depois das suspeitas de irregularidades no certame público do leilão do arroz. Apontou que o então secretário de Política Agrícola, Neri Geller, foi demitido como um “bode expiatório”.
“Geller não saiu calado. Negou ter havido má-fé de sua parte e confirmou o que todos já imaginavam antes mesmo da realização do certame”, declarou o jornal.
Depois de sua demissão, Geller deu uma entrevista à BandNews, em que destacou que “as posições técnicas não foram seguidas” pelo pregão. “Foram açodadas para fazer com que o arroz chegasse nas periferias dos grandes centros”, disse.
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“Não sou culpado por isso. Não posso ser penalizado por um erro político cometido na condução desse leilão”, acrescentou o ex-secretário, sendo apoiado pelo Estadão.
“Em que pese a tentativa de se defender, Geller tem razão. O leilão foi, sim, uma lambança – não apenas política, mas também econômica”, indicou. O jornal ainda afirmou que o leilão do arroz foi realizado devido à falácia de que se faltaria o grão na mesa do brasileiro.
“O certame foi pautado por uma premissa falsa: a de que faltaria arroz no mercado interno em razão das cheias no Rio Grande do Sul, risco descartado pelos sindicatos locais, uma vez que 84% da safra já havia sido colhida e armazenada antes das chuvas”, argumentou.
Tentativa de intervenção no leilão do arroz
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) tentou intervir no leilão do arroz do governo Lula, justificando o que já era de conhecimento: de que não se faltaria arroz no mercado brasileiro.
A entidade “apelou” ao Supremo Tribunal Federal (STF) para impedir a disputa, “algo que ao menos teria livrado o governo do vexame.” Mas o pedido não foi aceito pela Corte. “O Executivo não desistiu e prometeu realizar um novo leilão em breve.”
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“Tanta perseverança nos faz pensar que o governo só pode estar com dinheiro sobrando no caixa”, destacou o Estadão. “Do contrário, não cogitaria torrar mais de R$ 7 bilhões para inundar o País com uma oferta desnecessária de arroz, derrubar o preço do cereal, ampliar as perdas dos produtores gaúchos, desestimular a próxima safra e abalar ainda mais a economia do Estado.”
Jogo de interesse político
O jornal sinalizou para o interesse político e eleitoral do governo Lula no Rio Grande do Sul. A “estratégia” teria ficado ainda mais “evidente” com a indicação do ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, para a Secretaria Extraordinária de Reconstrução do Rio Grande do Sul.
“Por semanas, o governo ignorou o pedido de Eduardo Leite para retomar o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm), adotado na pandemia de covid-19. Mas no dia seguinte à peregrinação do governador a Brasília, Lula anunciou outro plano, sem a presença de Leite”, pontuou.
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Além disso, destacou o fato de Lula criticar a ação do governador Eduardo Leite em construir 500 casas provisórias aos desabrigados. “É melhor dizer a verdade para o povo, é melhor dizer que destruir é muito rápido, construir é muito demorado”, afirmou Lula da Silva.
O artigo apontou que a declaração de Lula sobre as ações de Leite sequer consideram “o destino das milhares de pessoas que ainda estão em escolas e ginásios.”
ainda não explicara, nem ?
a revista. O dinheiro do leilão seria fornecido pelo Governo, cmo empréstimo? O arrematente receberia i dunheiro subsidado antes de chegar o arroz
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