O governo de Javier Milei suspendeu na última terça-feira, 21, os sites e as contas nas redes sociais da mídia estatal. O presidente argentino explicou que a ação compõe um “processo de reorganização” para “melhorar a geração de conteúdo” desses canais de comunicação. Servidores públicos interpretaram a medida como uma forma de censura.
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Já estão fora do ar os sites da Televisión Pública, da Radio Nacional e de todas as suas emissoras afiliadas, além do canal educativo Encuentro e do canal infantil Paka Paka. Ao acessar os endereços na internet, o público depara com a mensagem “Site em reconstrução”.
‘Propaganda do kirchnerismo’
Desde que tomou posse como presidente do país, em dezembro de 2023, Milei passou a defender um projeto de privatização dos meios de comunicação estatais. Ele acusa esses veículos de serem um “instrumento de propaganda e doutrinação vinculado ao kirchnerismo”.
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Em nota, o Sindicato de Imprensa de Buenos Aires (Sipreba) disse rejeitar “o silenciamento das redes sociais de ambos os meios de comunicação (Radio Nacional e Televisión Pública). O grupo acusou a medida de “censura e intimidação que se soma ao silenciamento da Télam”, a principal agência de notícias do governo.
A medida desta semana também cancelou os noticiários de fim de semana da tradicional Televisión Pública, que atua em rede nacional desde 1951.
Isso mesmo! Sabemos bem que essas mídias estatais se infiltraram de esquerdistas! Lá como cá, o empregado público tem alguma estabilidade. Que se usem os assessores de comunicação do governo, em plataformas diversas.