Em editorial publicado neste domingo, 8, o jornal Folha de S.Paulo criticou as políticas econômicas do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com a publicação, há “deterioração das contas”.
Conforme o veículo de comunicação, o propagado “arcabouço fiscal” não passa de “uma versão mais branda — e falha — do extinto teto para os gastos federais tão atacado pelos petistas”. O teto de gastos foi implementado durante a gestão de Michel Temer à frente da Presidência República.
Em vez de estabelecer um limite fixo corrigido pela inflação para as despesas totais, a nova abordagem define limites anuais para o crescimento das despesas. Estes limites devem ser menores que o aumento das receitas, observa a Folha. O objetivo é alcançar o equilíbrio orçamentário de maneira gradual.
+ Leia mais notícias de Imprensa em Oeste
O jornal afirmou que a equipe econômica do Executivo também reconhece amplamente o arranjo como frágil. A fragilidade vem da exclusão de grandes gastos obrigatórios, como saúde, educação, previdência e assistência social, das restrições impostas.
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, afirmou que o “debate está amadurecendo no governo.”
Durigan sugeriu que duas categorias de despesas poderiam ser ajustadas dentro dos limites do novo arcabouço fiscal. Apesar das dificuldades políticas, essa mudança deveria ser imediata.
Leia mais:
Sem ela, setores e atividades da administração pública — desde o custeio administrativo até investimentos, e do Bolsa Família ao fomento à ciência — irão sofrer reduções. Isso para cumprir as metas orçamentárias.
Folha defende a implementação de ajustes nos gastos do governo Lula
A Folha destacou, ainda no editorial, que o ajuste é essencial, pois a falta dele pode levar a um estrangulamento de recursos, tornando a situação inviável a partir de 2027. Portanto, é crucial revisar os pisos das despesas em saúde e educação, atualmente vinculados à receita de impostos.
Como não é possível controlar a concessão de benefícios previdenciários, previstos por lei, é necessário conter os valores, avalia o jornal paulista. De acordo com a Folha, muitos dos quais estão atrelados ao salário mínimo em expansão.
Leia mais: “Regra de Lula para salário mínimo compromete ganhos da reforma da Previdência”
A solução ideal seria ajustar os pagamentos de aposentadorias e pensões pela inflação, permitindo que o salário mínimo para trabalhadores ativos continue a crescer em termos reais. Fernando Haddad, ministro da Fazenda, planejou essas mudanças desde o início do governo. No entanto, Lula bloqueou as propostas. A deterioração das finanças públicas, contudo, impede que se ignore o assunto, avisa a Folha.
A dívida pública, que era de 71,4% do Produto Interno Bruto no início do governo, aumentou para 78,5%. Se abandonar o teto disfarçado dos gastos, a trajetória de alta se tornará “explosiva e imprevisível”, elevando ainda mais as taxas de juros, afirma o veículo de comunicação.
“O tempo político e econômico se esgotando”, afirma o jornal. As aprovações das reformas precisam ocorrer até 2025, ou seja, antes da próxima disputa pela Presidência do país. A partir de 2027, a situação pode se tornar “inadministrável”, conclui o editorialista da Folha.
Leia também: “E o governo ainda reclama dos memes?”, artigo de Adalberto Piotto publicado na Edição 226 da Revista Oeste
LIXO!
A velha midia colocou esse desgoverno no poder para destruir o país e agora está reclamando.