O tombo no índice de aprovação de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não é apenas uma má notícia para o petista — também enseja temores no mercado de que o Planalto abrace de vez a irresponsabilidade fiscal daqui em diante. É o que afirma o jornal Folha de S.Paulo em editorial desta terça-feira, 18.
Segundo pesquisa do Datafolha, entre dezembro e janeiro, a taxa de entrevistados que consideram seu governo ótimo ou bom despencou de 35% para 24%. Na mão inversa, a reprovação subiu de 34% para 41%.
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Ambas as marcas são inéditas para o presidente, considerando seus governos de 2003 a 2010 e o atual. A desaprovação se espraia até mesmo em segmentos tradicionalmente lulistas.
“A crise decorre de problemas pontuais e estruturais”, afirma a Folha. “No primeiro grupo, encontra-se o desastre de gestão e comunicação em janeiro, quando a edição de uma medida para vigiar transações acima de R$ 5 mil no Pix foi criticada.”
“Já as questões subjacentes à queda são mais complexas. Apesar de ter na Fazenda um ministro que se diz comprometido com o rigor fiscal, Fernando Haddad, na prática Lula tem minado qualquer ideia de austeridade”, acrescenta o veículo.
De tal irresponsabilidade decorreu a disparada do dólar ao final de 2024, pressionando a inflação de alimentos e outros itens básicos, que afeta principalmente a renda dos mais pobres — nesse grupo, a aprovação do presidente caiu de 44% para 29%.
“A recente alta do preço dos ovos é uma provável nova trincheira a ser explorada pela oposição, que na crise do Pix foi eficaz em maximizar danos”, opina o jornal. “Manifestações contra o presidente, marcadas para 16 de março, poderão dar uma medida do desafio a ser enfrentado por Lula.”
“Em favor do petista, há divisão nas hostes rivais, cortesia da insistência de Jair Bolsonaro (PL) em dizer que será candidato em 2026, mesmo impedido”, acrescenta.
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Horizonte do governo Lula é incerto
Dadas as incertezas sobre a guerra tarifária proposta pelo norte-americano Donald Trump, que pode impactar câmbio e inflação aqui, o horizonte visível é tenso e agravado por pressões políticas domésticas, como a expansão do apetite por cargos do centrão.
As medidas sugeridas para tentar melhorar a popularidade de Lula enfrentam obstáculos, como a ampliação dos programas Pé-de-Meia e Auxílio-Gás, além da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil.
“Embora o pior cenário seja o da elevação dos gastos, é bastante provável que tudo siga como está, sem o aumento na gastança, pois o presidente já deve ter percebido, pelos números da pesquisa, que a irresponsabilidade fiscal não está funcionando”, conclui o texto.
Cadê as putinhas da Extrema esquerda?
Mais um artigo que não consigo ler inteira não entendo o que está acontecendo isso é muito ruim mesmo
🚨🌈💩 Aparelho excretor não reproduz, Levi Fidelis.
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