O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez elogios à imprensa angolana. Segundo observadores internacionais que monitoram a liberdade de expressão em vários países do mundo, a imprensa de Angola vive “asfixia” e “clima de medo”. Em sua visita ao país africano, o petista ignorou completamente as críticas à falta de liberdade de expressão.
Durante uma coletiva de imprensa na qual João Lourenço, presidente de Angola, também participou, no sábado 26, Lula disse: “Eu nunca vi imprensa tão comportada. Acho que é porque você, Lourenço, tá aqui. No Brasil a imprensa não é tão comportada assim, ela cobra mais”. O petista sorriu ao ironizar.
João Lourenço, atual presidente de Angola, foi eleito em agosto de 2022 pelo Movimento pela Libertação de Angola (MPLA), entidade política de orientação socialista que se mantém no poder do país africano há 47 anos.
A organização não governamental Omunga vem, há anos, denunciando a “asfixia” da liberdade de expressão no país devido à “onda de perseguições e intimidações” com o objetivo de calar quaisquer jornalistas que se opõem ao regime.
No mês de março, o governo angolano ameaçou suspender os direitos de transmissão do canal digital Camunda News. De acordo com o jornal brasileiro Gazeta do Povo, o proprietário do veículo de imprensa de Angola, David Boio, sofreu pressão das autoridades do país. Segundo a ONG, o país africano vive um “clima de medo”.
Imprensa alvo do regime
João Malavindele, diretor executivo da Omunga fez a seguinte declaração ao portal alemão DW África: “Falar de liberdade de imprensa num país onde o Estado detém o monopólio da imprensa, com todo respeito pelos estudos, mas a realidade mostra outra coisa.”
“Nós somos todos controlados a partir das redes sociais”, prosseguiu Malavindele. “O país está caminhando para uma ditadura do que propriamente para a democracia que tanto almejamos. Gostaríamos de celebrar as nossas liberdades constitucionais, porém não é isso que está acontecendo. A liberdade de imprensa começa a ser alvo do regime, para a sua manutenção no poder.”
Em abril de 2023, Luanda, a capital de Angola, sediou um debate organizado pelo Observatório de Imprensa e de Comunicação. O objetivo do simpósio era discutir sobre o sistema político vigente no país africano. A organização é responsável pelo monitoramento da imprensa no país africano.
Diversos intelectuais que analisaram a legislação angolana afirmaram que o país não vive numa democracia. José Gama, jornalista de Angola, esclareceu que, apesar de não haver um “autoritarismo puro como o que pode ser observado na Coreia do Norte, o sistema controla tudo e todos; permite manifestações, mas reprimidas”, declarou o jornalista à agência norte-americana Voa.
Esse cocô sempre disse que iria controlar as midias!!! O que esperam??? Esse verme vai controlar tudo até o momento em que iremos receber um bloqueio internacional!!! Aí esse filho de cadela vai dar o discurso de que somos vitimas do imperialismo
Pária sempre se junta com párias.