Em uma movimentação para tentar se vingar da Globo, que atrapalhou a repercussão da última temporada de A Fazenda com a novela Todas as Flores, a Record decidiu clonar a estratégia criada pela sua histórica rival, escalando um folhetim para tentar abafar a chegada de uma nova edição do Big Brother Brasil.
O tiro, no entanto, saiu pela culatra: em vez de disputar ibope com a Globo, Pecado Mortal estreou mais perto da GloboNews do que do enlatado transmitido pela líder de audiência na mesma faixa. Apesar disso, é inegável que a trama da Record reestreou fazendo história.
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Os dados consolidados de audiência da Grande São Paulo, obtidos através de fontes no mercado, revelam que o retorno de Pecado Mortal, criada por Carlos Lombardi, ex-autor de novelas da Globo, foi responsável pelo pior número de uma estreia de teledramaturgia nacional da emissora em cinco décadas.
O folhetim, que já havia fracassado em sua exibição original, voltou ao ar com média de apenas 2,5 pontos na noite de terça-feira (2) e foi o único programa da rede a ficar em terceiro lugar no horário nobre, que concentra a maior parte dos investimentos de publicidade. Até mesmo o Balanço Geral Manhã local teve mais ibope que a trama.
Record não tinha estreia tão ruim desde julho de 1973
Para achar um desempenho tão fraco quanto o da reestreia de Pecado Mortal, é preciso retroceder para o longínquo 30 de julho de 1973. Naquele dia, a Record (que ainda pertencia ao apresentador Silvio Santos) promoveu a estreia da novela Vidas Marcadas, escrita por Amaral Gurgel (1910-1988), e não foi além de 1 ponto de média.
Desde então, se passaram quase 51 anos. Nenhuma novela, minissérie ou série nacional, reprisada ou inédita, teve um primeiro capítulo ou episódio com tão pouco público. Além disso, Pecado Mortal derrubou os índices da Record em 62% na comparação com as quatro terças-feiras anteriores, em que o horário era ocupado por A Fazenda e por atrações especiais de fim de ano.
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