Filme que retrata a criação das bombas atômicas criadas pelos Estados Unidos para destruir duas cidades no Japão, Oppenheimer (2023) ganhou sua primeira exibição em cinemas no país asiático.
Vencedor de oito prêmios no Oscar, incluindo de Melhor Filme, o longa ainda não tinha ganhado uma chance de ser exibido nas salas do país, mas já tem causado polêmica em suas primeiras sessões. O Japão tem exibido Oppenheimer com um alerta de gatilho e desconforto para a população do país, que foi o único que sofreu com um ataque nuclear dessa magnitude na Segunda Guerra Mundial.
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De acordo com a agência Reuters, parte dos moradores de Hiroshima e Nagasaki ficou arrasada ao assistir ao longa de Christopher Nolan.
“Claro que é um filme incrível que merece vencer o Oscar. Mas o filme também retrata a bomba atômica de uma maneira que parece elogiá-la e, como uma pessoa com raízes em Hiroshima, achei difícil de ver. Não tenho certeza se este é um filme que os japoneses deveriam fazer um esforço especial para assistir”, disse o morador de Hiroshima, Kawai, de 37 anos, que só revelou o sobrenome depois de assistir ao vencedor do Oscar.
Moradores de Hiroshima e Nagasaki se incomodam com Oppenheimer
Outro morador da cidade, Agemi Kanegae, afirmou que gostou do filme protagonizado por Clillian Murphy, mas ficou realmente incomodado com algumas sequências. “Valeu muito a pena assistir ao filme. Mas me senti muito desconfortável com algumas cenas, como o julgamento de Oppenheimer nos Estados Unidos no final”, declarou.
Vale ressaltar que a Universal Pictures não colocou o Japão no circuito de exibições de Oppenheimer. Uma produtora independente foi a responsável por disponibilizar o longa no país. O principal desconforto sobre o vencedor do Oscar, claro, é o fato da bomba atômica ter matado mais de 200 mil pessoas nas duas cidades que foram atingidas pelos EUA.
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