O vírus da intolerância ideológica que contamina universidades encontrou no Ceará mais um hospedeiro, desta vez oferecendo evidências de algo impensável, porém cada dia mais real: o recrudescimento dos antissemitas no Brasil. É o que destaca o jornal O Estado de S. Paulo, em editorial desta quinta-feira, 7.
No dia 30 de outubro, estudantes pró-Palestina organizaram um protesto na Universidade Federal do Ceará (UFC) contra um evento acadêmico.
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O encontro se propunha a discutir o atual conflito no Oriente Médio e tinha entre seus participantes dois autodeclarados sionistas – isto é, que defendem o direito dos judeus à autodeterminação e a um Estado soberano no território que corresponde ao antigo Israel.
Organizado pelo curso de pós-graduação em sociologia, o evento tinha como palestrante Michel Gherman, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pesquisador da questão judaica e dos antissemitas. Ele se declara “sionista de esquerda” e critica frequentemente o atual governo de Israel.
Os debatedores eram o doutorando Matheus Alexandre, que integra a StandWithUs, uma ONG internacional que se dedica a defender Israel e a combater os antissemitas, e Jawdat Abu-El-Haj, professor da UFC e palestino nascido em Jerusalém. Participava da mesa, ainda, o professor Fabio Gentile, coordenador do programa e pesquisador da direita.
“Ou seja, se havia algum desequilíbrio na mesa, era em favor do viés de esquerda na análise do presente conflito no Oriente Médio”, destaca o Estadão. “No entanto, os debatedores não foram hostilizados pelas ideias que defendem, pois nem tiveram tempo de enunciá-las, e sim pelo que são: judeus (chamados de “sionistas”) ou supostamente rendidos a grupos sionistas. O nome disso é antissemitismo.”
“Para esses arruaceiros judeofóbicos, a existência de Israel é afrontosa porque simboliza não só a capacidade dos judeus de se defenderem depois de séculos de perseguição, como também o avanço dos valores ocidentais em território que sempre foi hostil à democracia, ao liberalismo e aos direitos humanos”, acrescenta o jornal.
Nada disso é novo, destaca o Estadão. Foi sob Stalin que o termo “sionismo” passou a ser usado para designar uma espécie de complô ocidental contra os povos árabes e muçulmanos, distorcendo grosseiramente o sentido original justamente para disfarçar o óbvio antissemitismo.
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Afinal, não pegava bem para a União Soviética ser abertamente antissemita depois de ter lutado contra Hitler.
Não é à toa que a convocação para o ato dizia que “o sionismo é uma ideologia racista e supremacista branca” e que, “junto do nazismo, é uma das piores e mais sanguinárias criações humanas”. Stalin não teria dito melhor, afirma o jornal.
Antissemitas interromperam evento com imagem de líder do Hamas
Para não deixar dúvidas sobre o espírito que os movia, os manifestantes interromperam o evento com uma imagem de Yahya Sinwar, o líder terrorista do Hamas que arquitetou o massacre de centenas de israelenses inocentes em 7 de outubro de 2023.
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Infelizmente, a truculência deu resultado, e o evento foi suspenso. Em nota, os organizadores lamentaram o desfecho e alertaram: “O perigo é desencadear um mecanismo de autocensura no corpo docente e no discente, preocupados, doravante, em evitar algumas temáticas para não provocar episódios semelhantes, alimentando assim uma visão única e acrítica dos processos sociais”.
“É assim que funciona em regimes totalitários”, conclui o texto.
A imprensa não deveria dar manchetes pra este tipo de gente ignorante e idiotizada.
Essas pragas imprestáveis. Porque não vão para a faixa de Gaza para defender essas idiotices…
Ah como queria que eles tivessem um pager daqueles do Hezbolah…
O Brasil está cheio de terroristas safados…não é Luiz Stalinnácio??