O repórter Paulo Motoryn, do site Intercept Brasil, realizou uma série de matérias em que denuncia a presença de exilados brasileiros na Argentina. Os conteúdos foram divulgados no decorrer das últimas semanas.
Durante a abordagem realizada nas ruas de Buenos Aires, Motoryn passou um número de telefone para os brasileiros cujo CPF cadastrado não é o seu. O contato está no nome de Gabriel Gattas Guerra, funcionário da Presidência da República do Brasil.
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Desde o primeiro ano do mandato do atual governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Guerra está lotado na Secretaria Nacional de Participação Social. Ele atua como coordenador-geral de redes e ganha um salário mensal superior a R$ 11 mil.
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Procurado por Oeste, Motoryn confirmou usar o número de telefone de Guerra. Como justificativa, o repórter do Intercept Brasil disse que teve um “relacionamento no passado” com o funcionário da Presidência. Por isso, ele afirma manter o número de telefone, que seria “muito antigo”, como o seu contato profissional.

Jornalista do Intercept intimidou empregadores de brasileiro, que acabou demitido
O exilado brasileiro Josiel Gomes de Macedo foi abordado por Motoryn na Avenida Roque Sáenz Peña, também conhecida como Diagonal Norte. Trata-se uma das ruas mais movimentadas de Buenos Aires.
Logo que chegou à Argentina, em 2023, Macedo obteve asilo político temporário, a chamada “precária”, pelo Conselho Nacional de Refugiados. Com esse documento, ele tem direito legal de trabalhar em todo o território argentino.
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Mesmo assim, Motoryn foi até a sede da empresa onde Macedo trabalhava, a BitenTour, agência de turismo criada por brasileiros. Conforme apurou Oeste, o repórter do Intercept intimidou os empregadores sobre estar “abrigando um terrorista” e “empregando um foragido da Justiça” e que iria divulgar tudo na imprensa brasileira.
Amedrontados, os empresários decidiram demitir Macedo no mesmo dia em que foram abordados por Motoryn. Em áudio obtido por Oeste, os donos da agência de turismo alegaram essa intimidação como causa da demissão, além de dezenas de mensagens de ameaça recebidas nas redes sociais por parte de pessoas que os acusavam de “ajudar golpistas”.
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Indagado sobre como abordou os então empregadores de Macedo, Motoryn alegou ter sido uma “escolha editorial” de todo o Intercept Brasil. De acordo com ele, mesmo que não exista mandatos de extradição contra Macedo, uma abordagem com os empresários poderia provocar uma “discussão jurídica”.
Outras três exiladas foram demitidas por causa do Intercept
Após a abordagem de Motoryn, além de Macedo, outras três exiladas brasileiras foram demitidas por seus empregadores. Uma delas, de 59 anos, estava trabalhando em outra agência de turismo havia oito meses, mas os empresários decidiram interromper o contrato por medo de retaliações parecidas com as que a BitenTour sofreu.
Conforme publicado por Oeste na edição 229, a vida dos exilados brasileiros na Argentina é extremamente dura. Todos eles têm contas-correntes bloqueadas no Brasil e não podem receber ajuda de suas famílias por causa de consequências jurídicas que viriam do Supremo Tribunal Federal (STF).
A maioria dos brasileiros exilados vive em condições extremamente humildes. Alguns deles até mesmo em favelas nas periferias de cidades argentinas, as chamadas “vilas miséria”, dividindo casas muito pequenas e insalubres.
Poucos encontraram emprego na Argentina para se sustentar. E mesmo os que conseguiram um trabalho, muitas vezes são explorados por causa da sua condição de exilado, recebendo salários mais baixos do que os trabalhadores argentinos.
Intercept minimiza ligação entre jornalista e funcionário da Presidência
Em nota enviada a Oeste, o Intercept informou que o uso do número cadastrado com o nome de Gattas Guerra por parte de Motoryn foi apenas um “descuido”.
“O número em questão foi originalmente vinculado à residência que ele compartilhou com uma pessoa de seu círculo íntimo há dez anos e, desde então, permaneceu em seu uso, sem que houvesse a alteração da titularidade”, informou a nota.
Para o Intercept, “não houve e não há relação entre o exercício de jornalismo do Intercept Brasil, nesta e em outras reportagens, com o servidor em questão ou quaisquer outros servidores do governo federal”.
A reportagem tentou contato com Gattas Guerra, ligando para seu número na Presidência da República, mas não foi atendida nem recebeu retorno. Oeste permanece aberta para eventuais esclarecimentos ou posicionamentos por parte do funcionário.
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Esses canalhas comunistas não tem ética e nem piedade representam o que há de pior na humanidade.
Bandidos! Quadrilha maldita!
Esse tal Motoryn não passa de um monstro travestido de humano, se é que pode chamar um lombricóide desse de humano. Uma hora a conta chega e esse asqueroso há de pagar por cada lágrima derramada desses inocentes.
Assim trabalha TODA esquerda…foi beneficiada com toda regalia dentro do Brasil e agora fazem isso. Não se preocupe jornalizista, quando sua vez chegar, muitos de nós, da DIREITA, estaremos lá lutando por você. Abaixo a ditadura e anistia já.
Intercept Brasil , sempre uma militancia esquerdista fantasiada de jornalismo . E sempre um boy brasileiro prestando serviços aos “bravos” estrangeiros! E se arvoram a nos dar liçoes de moral!
A imoralidade dos aliados do governo brasileiro é repugnante. Pretensos repórteres se prostituindo em prol de uma causa desumana à semelhança do nazismo. Enquanto isso poucas vozes como a Revista Oeste, se dispõe a denunciar esses abusos.