O governo Lula deveria, em vez de responsabilizar a oposição ou rebater a piada com dados oficiais, fazer uma reflexão séria sobre as razões pelas quais o apelido “Taxad” pegou no ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A conclusão é do editorial de opinião do jornal O Estado de S. Paulo desta terça-feira, 23.
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O jornal aborda o incômodo do governo Lula diante da reação da população nas redes sociais à disposição de Haddad em arrecadar mais para a União.
Memes se alastram com novo aumento de impostos pelo governo Lula
A proliferação de memes sobre o ministro começou na última semana, depois da sanção, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do projeto para recolher o Imposto de Importação, a partir de 1º de agosto, nas compras realizadas em sites internacionais. A medida ficou conhecida como “taxa das blusinhas”.
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Para o Estadão, o desgaste associado à medida era mais do que esperado.
“Mas talvez o que tenha surpreendido o governo tenha sido o deboche com que o tema foi tratado nas redes sociais”, avaliou o jornal.
O texto afirma que o governo demorou para se dar conta do fenômeno e deu respostas “tão destrambelhadas quanto ineficazes”. “Enquanto isso, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, atribuiu a bolsonaristas a autoria dos “ataques mentirosos” – o que não é verdade”, constatou a publicação.
O Estadão continua: “Além de falsa, a acusação de Gleisi e de outros petistas dispensa o governo de refletir sobre as razões pelas quais o apelido “Taxad” pegou”.
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De acordo com o jornal, a principal delas é o fato de que “o Estado brasileiro já é obeso e glutão, ostenta uma das maiores cargas tributárias do mundo e, em troca, entrega aos contribuintes um serviço público ineficaz em áreas críticas, como saúde, educação e segurança pública”.
O texto sugere que o governo use sua energia não para aumentar impostos, mas para parar de resistir ao corte de gastos, como as emendas parlamentares e os privilégios da elite do serviço público.
O histórico da Folha, Estadão e veículos do tipo não nos permite levar estes beliscões de vó a serio. Pode ser até uma tática para arrecadar mais dinheiro federal. Até a “Grobo” de vez em quando reverbera uma notícia ou outra que até parece estar contra o governo. Puro jogo de cena.
Os veículos sérios tem uma espécie de “personalidade jornalística” que raramente muda.
Estadão fez o L em 2022. Esperava o quê?
Se eu fosse o Lula daria mais dinheiro para o Estadão. Imaginem se o jornal se apega a prática de fazer jornalismo de verdade e esquece a militância política!?