O jornal O Globo volta a criticar publicamente os rumos da Petrobras. De acordo com a publicação, o uso político ameaça o futuro da companhia, que tem a União como principal acionista.
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Em texto publicado nesta segunda-feira, 27, por meio de editorial, que representa a opinião de uma empresa de comunicação, O Globo cita o anúncio feito na última semana. Na ocasião, a petrolífera prometeu que fará investimentos bilionários no decorrer dos próximos cinco anos.
“Serão ao todo US$ 102 bilhões, 31% acima do valor previsto no ano passado”, ressalta O Globo. “O plano era visto com reservas pelo Planalto, cujo interesse é criar empregos no curto prazo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva critica projetos de longo prazo, querendo resultados logo. Mesmo assim, a Petrobras atendeu a todos os anseios do desenvolvimentismo estatista que guia os economistas do PT.”
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Desse montante, o jornal carioca destaca que R$ 16 bilhões irão para projetos de refino de petróleo, atividade que vinha sendo deixada de lado no decorrer dos últimos anos, com privatizações. Agora, com a volta dos petistas ao poder, a estratégia será modificada, apesar de resultados questionáveis no passado.
“Símbolos do desperdício são as inconclusas refinarias Abreu e Lima e Comperj. Focos da corrupção desmascarada na Operação Lava Jato”
“Vale lembrar que, entre 2007 e 2014, nas gestões petistas, a Petrobras investiu em refino 70% dos recursos destinados à atividade desde a fundação da empresa, em 1953”, afirma o jornal. “O retorno foi, segundo estudo do Ibre/FGV, ridículo. Símbolos do desperdício são as inconclusas refinarias Abreu e Lima e Comperj. Focos da corrupção desmascarada na Operação Lava Jato, voltarão a receber investimentos.”
O Globo critica uso político da Petrobras
Por fim, o jornal O Globo cita que as decisões da Petrobras não deveriam ocorrer a partir da opinião que vem do Palácio do Planalto. Conforme o jornal, ações relacionadas a investimentos em refino e até medidas relacionadas aos preços dos combustíveis “são questões técnicas”. Nesse sentido, a publicação lembra que, apesar de ter a União como principal acionista, a companhia conta com ativos negociados na bolsa de valores. Dessa forma, é preciso pensar nos investidores.
“Como gestor de uma empresa aberta, [Jean Paul] Prates tem o dever de prestar contas delas a todos os acionistas”, afirma, dessa forma, a equipe de O Globo. “E não de satisfazer às necessidades políticas ou às inclinações ideológicas do governo.”
Leia também: “O PT está quebrando a Petrobras. De novo”, reportagem de Carlo Cauti publicada na Edição 178 da Revista Oeste
Descobriam o fogo? O que mais me dá ódio é terem feito o L, SABENDO SIM QUE ISTO VOLTARIA A ACONTECER. Agora tentam posar de surpresos com o que ocorre, sendo que segundo o supremo Bonner disse ao Lula, “à justiça o Sr não deve mais nada”