Mais de 1,8 mil manifestantes contra a guerra na Ucrânia foram detidos na Rússia, informou nesta sexta-feira, 25, o Alto Comissariado da ONU (Organização das Nações Unidas) para os Direitos Humanos.
“Deter pessoas que exercem seus direitos de liberdade de expressão ou reunião pacífica constitui uma privação arbitrária de liberdade”, declarou a porta-voz Ravina Shamdasani, ao cobrar a libertação dos manifestantes.
O Kremlin comunicou hoje que os detidos “não tinham o direito de organizar protestos sem a permissão do governo”. A lei russa estabelece que a organização de manifestações demanda autorização. O pedido tem de ser feito com dez a quinze dias de antecedência. O Kremlin defendeu as prisões alegando que as pessoas violaram as regras do país.
Protestos na Rússia contra a invasão da Ucrânia
Conforme noticiou a Revista Oeste, milhares de russos foram às ruas na quinta-feira 24 para protestar contra a invasão da Ucrânia. Como resposta, obtiveram forte repressão policial. Segundo o monitor estatal OVD-Info, mais de 1,5 mil cidadãos foram presos em 52 cidades do país desde quarta-feira 23.
🔴 [AGORA] Protesto contra a invasão da Ucrânia em São Petersburgo, Rússia:pic.twitter.com/dEh8nqdUgs
— Mundo News (@Mundo__News) February 24, 2022
Os protestos começaram sem muita adesão, mas foram adquirindo musculatura. Nos poucos casos em que os russos tentaram levantar cartazes com mensagens contrárias ao governo, a polícia agiu. O Kremlin alegou que todas as manifestações no país precisam de uma autorização municipal. Por isso, resolveu impedir os protestos.
A revolta da população ocorre em virtude do conflito bélico entre Rússia e Ucrânia. “Concluímos que o confronto com as forças ucranianas é inevitável”, disse ontem o presidente da Rússia, Vladimir Putin. “Algumas palavras para aqueles que possam ficar tentados a intervir: a Rússia responderá imediatamente, e vocês sofrerão consequências.”
Aqui o stf quer fazer a mesma ação, para impedir manifestações.