Publicado na Gazeta do Povo, em 24 de agosto de 2020
J. R. Guzzo

Quando as coisas parecem estar indo mal no Brasil, e em geral é assim que elas parecem na maior parte do tempo, sempre é um consolo olhar um pouco para a Argentina. Raramente, ali, o governo deixa de lado alguma chance para errar — e o resultado é que eles estão sempre piorando o que já é o pior. Justo agora, com o país metido na crise sem tamanho que o coronavírus trouxe para o continente e para o mundo em geral, o presidente da República e as forças políticas a quem serve decidiram estatizar, para efeitos práticos, os serviços de internet, de telefonia celular e de televisão paga. É a Argentina querendo ficar igual à Venezuela, Cuba e outros paraísos da igualdade.
Oficialmente não foi utilizada a palavra “estatização”, mas é disso que se trata na vida real. O governo declarou que a internet, o celular e a TV a cabo são “serviços públicos essenciais”, cujo acesso deve ser garantido a “todos e a todas” — bem, só por esse “todas” já dá para sentir perfeitamente para onde está indo a procissão. O centro da questão é simples: a partir de agora, é o Estado quem realmente manda em toda essa área. Para começo de conversa, já congelaram as tarifas “até o fim do ano”. Num país que acumulou quase 16% de inflação apenas nos sete primeiros meses de 2020, não é preciso ser nenhum Prêmio Nobel de Economia para ver o que o peronismo de novo reinante na Argentina vai fazer com a comunicação eletrônica. Operar com prejuízo permanente e sem limites é prerrogativa exclusiva do Estado.
A decisão vai exatamente na mesma direção do resto: confisco fiscal nas exportações, taxação dos produtos agrícolas como se fossem artigos de luxo, tabelamento de preços, 330 bilhões de dólares de dívida externa, confusão com o FMI, calote à vista. Lembram-se do Brasil de 30 ou 40 anos atrás, com “as missões do FMI”, os “empréstimos-ponte”, os clubes de credores e outras maravilhas? Pois é. A Argentina continua nessa mesma balada, convencida de que quanto pior a situação mais o Estado deve se meter em tudo. A estatização da internet e do celular não tem nada a ver, é claro, com garantir “acesso” a coisa nenhuma; destina-se unicamente a aumentar o poder dos que controlam a máquina pública.
A maioria dos argentinos acha que assim é melhor. Não há, desse jeito, nenhuma possibilidade de esperar algo diferente. É cada vez mais do mesmo.
O que uns chamam de fracasso, os comunistas chamam de sucesso, país quebrado significa país escravo, população dependente que implora para receber uma esmola, não tem mais aquele sujeito rico e independente que pode fazer oposição, um luxo, é um quanto pior, melhor.
Puxa! Estive aqui pensando se não seria uma grande ideia pedir para a nossa esquerdalha ir pra lá, só com passagem de ida, ajudar a corja comunista argentina a estabelecer a tão sonhada “democracia”, aquela em que todos com exceção dos governantes e demais membros do partido vivem como reis enquanto o povo trabalha e se alimenta como as hienas e os urubus.
Se o Trump não se reeleger, a América Latina estará em maus lençois.
Os latrino-americanos e suas opções pela mediocridade… herança maldita da colonização ibérica. Sempre foi assim e sempre será. Não nos iludamos! Nosso barco navega na mesma direção: achamos que colocamos um governo liberal e contra a corrupção sistêmica ao eleger Bolsonaro. Ledo engano. Ele já dança a música no ritmo do Centrão; vai asfixiar mais ainda a classe média arrancando-lhe mais impostos (fim de deduções e aumento de alíquotas no irpf, nova cpmf) para no deplorável estilo petista garantir votos distribuindo dinheiro e mantendo um eleitorado cativo e dependente. Se Paulo Guedes tiver um mínimo de coerência e caráter, já deve estar limpando suas gavetas.
Peronia , não Argentina . Peronía !
A maioria dos Latinos não consegue se libertar do culto às boquinhas,
sempre suplicando por mais uma bela ilusão.
Acredito que não só eu como muitos por aí, não estão gostando desses eventos e para piorar o quadro geral em dois vizinhos nos extremos deste país, extremos norte e sul,mais especificamente Argentina e Venezuela, que vão acabar se tornando protetorados chineses. É como se uma espécie de cerco se fechando e isso não está legal! Aí vão dizer que estou enxergando unicórnios por aí, mas não estou.
Serei cruelmente franco com os amigos leitores. NÃO tenho pena nenhuma da Argentina. Burrice tem limites. O fracasso dos hermanos com esses 2 bandidos, Fernandez e Kichtner, é tão universalmente sabido quanto o sol nascer no leste e se por no oeste. O argentino, de uma estupidez astrofísica insuperável, apostou no óbvio esgoto comunista. Devemos usar todos os exemplos da desgraça alheia para aniquilar a esquerda aqui. Cabeça q não pensa paga com a bunda. E antes a bunda deles do q a nossa.
Coitada da Argentina. Com estes esquerdistas no comando, vão descer ladeira abaixo.
Você está certíssimo. A China instalou na Patagônia um observatório espacial para missões à Lua, está investindo em produção de porcos em grande escala para consumo somente chinês. Recentemente uma revista argentina chegou a publicar em sua capa uma reportagem com o título “ArgenChina”. O principal assunto foi o aumento nas exportações de carne bovina e soja, principalmente. Estão orgulhosos por estarem ganhando um espaço que era do Brasil, do qual, aliás, estão se afastando.
Achamos que é o caminho do fracasso, mas para os aloprados do poder é um sucesso absoluto: fazer em 1 ano o que a Venezuela levou 20 anos.
Não é mesmo fantástico? Se põe abaixo o sistema capitalista-liberal, e quem sabe, por tentativa e erro, não surge um novo modelo econômico e de governo no mundo?
Mas vale submeter todo um povo a um experimento desse tipo?
E se não der certo?
Bem, primeiro se diz que foi culpa do imperialismo americano (que não ajudou), sai de fininho, e deixa as ruínas para alguém reerguer.
Pobres hermanos!
Vão recorrer a China, e já se pode prever o que acontecerá. Contrairão uma dívida impagável e pagarão com o próprio território e a própria liberdade. Serão escravos, e chocarão um ovo de serpente no território latino americano. A China luta por espaço vital. Ou invadem as Américas, ou entram em colapso. O PCCh precisa ser derrubados pelo bem da humanidade.
O perigo reside da não percepção do povo. Quando se acovarda, aceita ou acredita que o Estado tem que intervir é o princípio do fim. Com o povo dominado, o judiciário acovardado e as forças armadas bem remuneradas, inicia-se o processo de “Venezuelação”. A nossa querida e linda Argentina está a um passo do precipício e não vejo como evitar a queda, infelizmente!
por pouco ñ seguiramos o msm caminho!!!! é ficar alerta e se esforçar p q ñ caiamos na msma esparrela.