Oposição denuncia interferência do presidente em investigações que implicam Cristina Kirchner; isolamento social no país já paralisou os tribunais
Investigada em nove processos relacionados a escândalos de corrupção, a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, vai dormir mais tranquila graças a seu parceiro de chapa, Alberto Fernández.
Na última quinta-feira, 14, a Casa Rosada emitiu um pedido para que o Escritório Anticorrupção (EA) deixe de atuar em dois casos que tiram o sono da peronista e de seus filhos, Máximo e Florencia Kirchner: o Hotesur e o Los Sauces.
Sai de cena, portanto, o principal órgão que investigava o envolvimento da família em crimes, como formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.
A manobra na surdina foi denunciada por parlamentares oposicionistas da coalizão Juntos pela Mudança, que apoiou o governo Macri. Segundo eles, Fernández consagra a impunidade e a corrupção de Cristina Kirchner.
Em nota, Maximiliano Ferraro, do partido CC-ARI e um dos signatários da queixa, relata que o presidente “ordenou, através do secretário-geral da Presidência, Julio Vitobello, que o EA saísse dos casos contra Cristina”.
Sendo assim, o órgão deixou os processos.
Durante a gestão Kirchner, Vitobello foi diretor do EA. De acordo com a oposição, ainda exerce influência sobre o órgão, atualmente nas mãos do advogado Félix Crous, indicado ao cargo por Alberto Fernández.
Conforme noticiou Oeste, é bom lembrar também que, em razão das medidas de isolamento social radical adotadas pelo governo argentino, os tribunais não têm data para voltar às atividades.
Ou seja, os processos contra a vice-presidente ficaram a ver navios.
A ponta do iceberg
Em 2014, a advogada e política Margarita Stolbizer denunciou que a sociedade Hotesur, pertencente à família Kirchner, foi usada para receber propina do empresário e sócio Lázaro Báez, em troca de benefícios obtidos em concessões de obras públicas.
Dessa forma, o pagamento era supostamente realizado através do aluguel de quartos em hotéis pertencentes a Cristina, Máximo e Florência Kirchner. Ambos seriam sócios da mãe nas tramoias.
No caso Los Sauces (Os molhos, em tradução livre), parecido com o anterior, os Kirchner supostamente receberam propina dos empresários Lázaro Báez e Cristóbal López pelo favorecimento em leilões de obras públicas.
As maracutaias lembram bastante aquelas atribuídas à família Lula da Silva.
Escritório anticorrupção
Trata-se de um órgão responsável por investigar fraudes e irregularidades na administração pública.
Além disso, tem o objetivo de fortalecer a ética nacional, por meio de políticas de combate à corrupção.
Em síntese, equivale à Controladoria-Geral da União no Brasil.
Fernández garantiu que não iria interferir na Justiça
Ao ser escolhido por Cristina Kirchner como cabeça de chapa do Partido Justicialista, de extrema esquerda, Alberto Fernández garantiu aos argentinos que combateria a corrupção.
Num discurso, ele se posicionou a favor de que sua candidata a vice-presidente fosse investigada nos processos que responde perante a Justiça — que acarretaram inclusive cinco pedidos de prisão preventiva.
Contudo, depois de se tornar presidente, Fernández parece (ou finge) que esqueceu as antigas promessas.
E vcs passaram a acreditar quando em discurso da esquerda em época de eleição?
Nao me decepcionem, por favor!!
Podem ampliar a reportagem, informando que foi dado inicio a uma “reforma”do judiciario por iniciativa do Poste de CFK.
O povo argentino não pode reclamar, foram eles que na última eleição devolveram o Governo aos Peronistas, que são os PTralhas de lá. Agora só resta ver a Argentina ser saqueada por mais quatro anos para depois tentar mudar novamente.
Que os hermanos se queimem – eles estão sempre votando pelo esquerdismo populista, o mesmo que adora dar esmola com o dinheiro dos outros – agora não reclamem!
Os argentinos não sabem votar e adoram sofrer. Agora aguentem a bucha e aproveitem sua decadência e dancem ao som do bandoneon (bandidon).
Francamente, os argentinos estão merecendo passar por isto!! Todos nós já sabíamos que a Cristina ia se livrar da acusações. É apenas o modus operandi do Foro de S. Paulo.