A Alemanha pode considerar a imposição de um embargo ao petróleo da Rússia, disse nesta sexta-feira, 18, a ministra das Relações Exteriores do país, Annalena Baerbock.
Em um discurso sobre segurança, ela destacou ser importante se posicionar e não ficar calado diante da invasão da Ucrânia, apesar da dependência energética alemã da Rússia. Cerca de um terço do petróleo que a Alemanha consome é fornecido pelos russos, assim como metade do carvão e do gás natural.
Baerbock afirmou que o embargo está sendo considerado como forma pressionar a Rússia a desistir da guerra.
A ministra alemã também alertou para a crescente influência da China sobre a infraestrutura energética na Ásia e na África, anunciando que a Alemanha apresentará em breve uma nova estratégia para lidar com Pequim.
As declarações de Baerbock ocorreram pouco depois de uma ligação entre o primeiro-ministro alemão, Olaf Scholz, e o presidente russo, Vladimir Putin.
Na conversa, Scholz destacou a necessidade urgente de um cessar-fogo, de uma melhora na situação humanitária na Ucrânia e de avanços na busca por uma solução diplomática para o conflito. Até agora, o premiê alemão tem se recusado a proibir as importações russas de energia, temendo o impacto que a medida poderia ter sobre a economia do país.
Como parte da resposta econômica à invasão, a Alemanha suspendeu a certificação do gasoduto Nord Stream 2, um projeto de US$ 10 bilhões para levar gás natural da Rússia direto ao país pelo Mar Báltico.