Acreditando que a Coreia do Norte possa realizar um sétimo teste de armas nucleares, os Estados Unidos, o Japão e a Coreia do Sul afirmaram, nesta quarta-feira, 26, que dariam uma “resposta sem paralelo” a Kim Jong-un. Se o governo norte-coreano retomasse os testes, seria o primeiro desde 2017.
“Concordamos que uma escala de resposta sem paralelo seria necessária se a Coreia do Norte avançar com um sétimo teste nuclear”, disse o primeiro vice-ministro das Relações Exteriores da Coreia do Sul, Cho Hyun-dong, em entrevista coletiva em Tóquio. Também participaram da entrevista o vice-ministro das Relações Exteriores do Japão, Takeo Morim, e a vice-secretária de Estado dos EUA, Wendy Sherman.
Os Estados Unidos e os aliados ofereceram poucos detalhes sobre quais novas medidas podem tomar, e analistas ouvidos pela agência Reuters dizem que há poucas opções para evitar um novo teste.
Pela primeira vez desde que o regime norte-coreano começou a testar armas nucleares, em 2006, a China e a Rússia neste ano vetaram um esforço liderado pelos EUA para sanções adicionais do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
“Pedimos à Coreia do Norte que se abstenha de mais provocações”, disse Wendy, chamando essas ações de “imprudentes e profundamente desestabilizadoras para a região”.
“Qualquer coisa que aconteça aqui, como um teste nuclear norte-coreano tem implicações para a segurança do mundo inteiro”, afirmou ela, enviando uma mensagem velada a China e Rússia, aos apoiadores de Kim Jong-un no Conselho de Segurança da ONU.