Uma equipe de arqueólogos encontrou fósseis de dezenas de pessoas enterradas há cerca de 7 mil anos, em uma tumba de pedra em Omã. A Academia Tcheca de Ciências (CAS) anunciou a descoberta em 14 de abril.
A tumba, localizada perto de Nafun, na Província central de Al Wusta, está entre as mais antigas estruturas feitas pelo homem em Omã.
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Vários “aglomerados de ossos” foram encontrados, o que indica que os mortos foram deixados para se decompor antes de ser depositados na tumba. Seus crânios teriam sido colocados perto da parede externa, com os ossos apontados para o centro da câmara.
Restos mortais semelhantes foram descobertos em uma tumba menor, ao lado da tumba principal, que foi construída um pouco mais tarde. De acordo com uma declaração do CAS, os pesquisadores encontraram um machado de mão de pedra que pode remontar às primeiras migrações humanas da África, entre 300 mil e 1,3 milhão de anos atrás.
Conforme o portal Live Science, Alžběta Danielisová, um arqueólogo do Instituto de Arqueologia da República Tcheca em Praga, disse que há evidências de que os mortos foram enterrados em épocas diferentes. Três túmulos de pessoas da cultura Samad, que viveram milhares de anos depois, também foram achados nas proximidades.
A importância dos fósseis para futuras pesquisas
A tumba foi descoberta há cerca de dez anos, em fotografias de satélite. Os arqueólogos acreditam que ela data de 5.000 a.C. a 4.600 a.C.
Um relatório da pesquisa mostra que as paredes da tumba foram feitas de fileiras de lajes de pedra finas, chamadas silhares, com duas câmaras funerárias circulares.
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Todo o túmulo foi coberto por um telhado de cantaria (ofício de talhar blocos de rocha bruta para constituir sólidos geométricos, como os paralelepípedos), mas desabou parcialmente, possivelmente por causa das chuvas anuais das monções.
A próxima etapa será realizar avaliações antropológicas e bioquímicas dos restos humanos, como a análise de isótopos, observação dos diferentes nêutrons nos núcleos de vários elementos fundamentais para aprender mais sobre as dietas, a mobilidade e a demografia das pessoas enterradas no túmulo.
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