Os argentinos votaram neste domingo, 14, em eleições parlamentares de meio de mandato cruciais para o governo peronista de esquerda de Alberto Fernández, de 62 anos. Com mais de 99% dos votos apurados no final da noite, os resultados revelam que a coalizão governista perdeu o controle do Senado, o que obriga a vice-presidente, Cristina Kirchner, que comanda a Casa, a negociar com a oposição pelos próximos dois anos.
De acordo com o jornal La Nación, as províncias de La Pampa e Chubut eram as duas em que o governo depositava esperança de reverter a derrota nas prévias de setembro, que funcionam como uma eleição simulada, já que o voto é obrigatório. Em ambas as províncias, a oposição confirmou vitória.
Relacionadas
O peronismo ainda continua com a maior bancada de senadores, a menos que a oposição passe a votar sem nenhuma dissidência. Com a maior bancada, Cristina ainda terá o poder de dividir a presidência de comissões legislativas.
A disputa mais arriscada para o governo estava justamente no Senado, onde foram renovadas 24 das 72 cadeiras. O governo de Fernández colocou em jogo seus 41 senadores, contra 25 da coalizão de centro-direita Juntos por el Cambio, do ex-presidente Mauricio Macri (2015-19), a principal da oposição. Um prenúncio dos maus resultados foi a decisão de Cristina de não ir à sede da campanha peronista após a votação.
O porcentual de comparecimento foi de 72%, superior ao das primárias, mas menor do que a média histórica da votação parlamentar. Depois do revés sofrido nas prévias, os olhos ontem estavam voltados para a populosa periferia de Buenos Aires, com quase 40% da lista eleitoral e bastião histórico do partido governista peronista. Com a vitória nos distritos suburbanos, o governo acirrou a disputa, mas não foi o suficiente para vencer na província: os opositores conseguiram 39,81% dos votos, enquanto os governistas ficaram com 38,53%. A capital e outras grandes cidades acompanharam a oposição.
Deputados
A votação renova também 127 das 257 cadeiras da Câmara dos Deputados, na qual a governante Frente de Todos tem a maior bancada, mas não a maioria. Os resultados indicaram uma disputa apertada para que o governo mantivesse essa vantagem: 118 contra 116 deputados da coalizão Juntos.
O ex-presidente e líder da oposição, Mauricio Macri, afirmou que a Argentina enfrenta o “fim de uma era”. “Não podemos perder essa nova oportunidade repetindo os mesmos erros do passado. O que precisamos é de um conjunto de líderes maduros e responsáveis que entendam a complexidade do que significa construir a sociedade que queremos.”
No Twitter, o presidente Fernández agradeceu a participação da população nas eleições. “Vamos honrar quem que deu vida à nossa frente eleitoral. Vamos governar para todos. Tenho certeza de que vamos conseguir”, escreveu.
Economia
Nas últimas semanas, o governo anunciou medidas econômicas e controle de preços, em uma tentativa de combater a inflação, que acumula 41,8% entre janeiro e outubro, uma das mais elevadas do mundo. Fernández também endureceu o discurso a respeito do Fundo Monetário Internacional (FMI), com o qual a Argentina tenta obter um acordo para substituir o crédito stand-by de 2018 de US$ 44 bilhões (R$ 232 bilhões).
“Estamos tendo de resolver a dívida que nos deixaram com o FMI; claro que temos de resolver. Mas não vou resolver em cinco minutos, porque quem resolve esse problema em cinco minutos é porque concordou com o fundo em tudo o que pede”, afirmou Fernández, depois de votar, acompanhado pela primeira-dama, Fabiola Yáñez, que está grávida de quatro meses. Uma festa de aniversário dela durante a pandemia e a uma forte imposição estatal de isolamento atingiram a popularidade do marido.
Se não conseguir o novo acordo, a Argentina — que tem 40% de sua população na pobreza — terá de pagar US$ 19 bilhões (cerca de R$ 100 bilhões) ao FMI em 2022 e o mesmo valor em 2023. As eleições ocorrem no momento em que o país tenta emergir da recessão iniciada em 2018 e aprofundada com uma queda de 9,9% do PIB em 2020, em razão da pandemia de covid-19.
Com informações do Estadão Conteúdo/Agências internacionais
Pero que si, pero que no.
Que tristeza de país.
Já foram a capital de toda a “américa latrina”
É muito bom ver derretendo junto com a esquerdalha brasileira.
O país nesta situação e ainda ficaram mais de um ano com a economia fechada. Quem paga o “pato” como sempre é a população. Espero que os argentinos tenham aprendido. Será?
Antes tarde do que nunca!
Será que os hermanos finalmente acordaram e perceberam que o socialismo é a maior desgraça que pode se abater por qualquer país?
O mesmo irá acontecer no ano que vem na nação mais poderosa do planeta. Os americanos irão varrer os democratas do congresso.
Com voto NÃO MANIPULADO, o resultado mostra a vontade do povo.
Cédula de papel, cadê a urna eletrônica? nem a esquerda na Argentina acredita.
A Argentina dá um grande passo rumo à prosperidade, enquanto o Brasil ensaia uma volta ao atraso e a corrupção.
A falta de neurônios dá nisso.
Se foi ironia, peço desculpas.
Afonso Morangoni. Macri de direita? Na Argentina, a tesoura “come solta”.
Vendo pelo exemplo que a Argentina dá ainda vamos tolerar mais Lula com Alkmin, 9 do STF (9 é o bicho!), e mais um “centrão” podre? E ainda Psol, MST, quebra quebra, mentiras, continuidade da corrupção em 22?
Eu sempre lembro de uma frase que desconheçoo autor: “Onde a esquerda domina apodrece”
É isto mesmo!
A seita daqui não vai se manifestar ?
Sorte deles ainda não terem adeptos na manipulação das urnas como aqui e na Venezuela.
A esquerda doente mental ja vai se manifestar: Gopi, é gopi… Mas a realidade mostra que a esquerda é um fracasso!