Governo definirá protocolos específicos para cada atividade
O presidente argentino, Alberto Fernández, anunciou que o país entrará em uma etapa de reabertura gradual nos próximos dias. A quarentena, prevista para terminar no próximo domingo, 10, terá flexibilizações.
Caso o número de contágios pelo novo coronavírus siga aumentando, o governo afirmou que pode voltar a endurecer as medidas de restrição.
A ideia do governo, ainda não oficializada, é definir protocolos e horários específicos para cada atividade ou grupo de pessoas. Desde curtas caminhadas, idas ao mercado, períodos de trabalho, etc.
Devem ser definidos horários limitados para o retorno de algumas atividades. Haverá também zonas vermelhas, com proibição de movimentação, naquelas áreas onde a contaminação é mais crítica.
Seguirão com restrições os colégios, faculdades e universidades; eventos sociais, culturais, recreativos, esportivos, religiosos; cinemas, teatros, centros culturais e clubes; e atividades turísticas.
O ministro da Saúde argentino, Ginés González García, afirmou que deve haver uma gradual abertura econômica, mas que as medidas sanitárias devem ser reforçadas.
“Não sou eu quem decide, mas minha opinião é que a quarentena deve continuar, mas de outras maneiras. Você precisa ter uma abertura em termos econômicos com muito cuidado. Mas a atividade produtiva tem que começar. Existem muitas indústrias que estão funcionando muito bem, como a de alimentos e produtos farmacêuticos”, disse o ministro.
A decisão pela volta gradual das atividades econômicas foi validada pela equipe de infectologistas que assessoram o presidente Alberto Fernández desde o início da pandemia, de acordo com informações da Agência Brasil.
Ontem, durante a reunião com os especialistas, Fernández foi orientado a seguir com as restrições a aglomerações, além de manter o transporte público com capacidade limitada. As atividades industriais, como a indústria automotiva, devem ser liberadas.
A Argentina tem 5.208 infectados pelo novo coronavírus. Nas últimas 24 horas, foram registrados 188 novos casos, o recorde de contaminados em um só dia desde o início da pandemia, e 9 mortes. O país tem, no total, 273 mortes.