Sergio Massa, ministro da Economia e candidato mais votado nas eleições da Argentina, disse nesta segunda-feira, 23, que não quer envolver o presidente Lula nas eleições de seu país. Ele vai disputar o segundo turno com Javier Milei em 19 de novembro.
“Tenho uma relação e muito afeto com o presidente Lula, um enorme respeito por Fernando Haddad”, disse Massa em uma entrevista. “Não quero envolvê-los na eleição argentina, apesar de claramente haver uma simpatia mútua.”
O candidato peronista deixou claro que seria decisão do próprio Lula envolver-se ou não do ponto de vista eleitoral, e que separa “o que é público e o que é pessoal”. Por causa disso, não quis comentar sobre o que conversou com o petista após as eleições deste domingo, 22.
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Os integrantes do governo brasileiro receberam com surpresa o resultado do primeiro turno na Argentina. Nas redes sociais, ministros de Lula comemoraram o resultado.
Nos bastidores, porém, integrantes do governo adotaram cautela ao tratar de Milei, por temer uma virada.
A tática de Massa é atacar as propostas do rival
A campanha de Massa conta com o mesmo grupo de publicitários brasileiros que fizeram as campanhas presidenciais de Lula em 2022 e de Haddad em 2018. Uma das táticas aprendidas é atacar as propostas do rival.
Na reta final da campanha do primeiro turno, enquanto Milei criticava os gastos públicos, Massa trouxe medo para os argentinos sobre o que poderia acontecer se os subsídios e serviços públicos fossem cortados. Apesar de ter saído na frente, os peronistas registraram sua pior votação em 40 anos.
Ele não quer se envolver com a podridão fétida do molusco.