BUENOS AIRES – A burocracia da Argentina está cada vez com mais medo de uma possível vitória do candidato liberal Javier Milei, que entre suas promessas eleitorais quer reduzir drasticamente o peso do Estado na economia.
Por isso, a quatro dias das eleições gerais, o governo liderado pelo peronista Alberto Fernández lançou uma “campanha do medo” para os funcionários públicos da Argentina.
O Executivo vai realizar uma espécie de “terapia de grupo para burocratas” para alertar das “consequências sobre a saúde mental” de uma eventual vitória de Milei.
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O programa tem um nome peculiar: “Incerteza no trabalho, impacto e suas consequências na saúde mental. Propostas para construir novas ferramentas”.
Todavia, seus objetivos parecem claros: enviar uma espécie de alerta aos servidores públicos sobre a possibilidade de tempos difíceis que virão em caso de vitória eleitoral do candidato liberal.
Até mesmo os sindicatos argentinos, muito próximos ao governo, foram surpreendidos com a atividade que será realizada poucas horas antes da abertura das urnas.
Governo da Argentina quer terrorizar funcionários públicos
A iniciativa, na verdade, é uma tentativa de amedrontar as centenas de milhares de funcionários públicos argentinos e sugerir que votem, em legítima defesa, no candidato governista, o ministro da Economia Sergio Massa.
Além disso, existe a preocupação no governo da Argentina que, em caso de vitória de Milei, os órgãos de governo passem por uma “purificação política”.
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Isso significaria que todas as entidades partidárias, parassindicais e agremiações que estão dentro dos órgãos do Executivo da Argentina poderiam ser despejadas de vez dos palácios do poder.
Entre elas, o La Cámpora, entidade liderada pelo filho da vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner.
Existe também a preocupação de milhares de funcionários públicos contratados sem concurso de forma temporária, que o governo atual gostaria de inserir permanentemente dentro dos ministérios.
Segundo os dados do próprio governo da Argentina, dezenas de milhares de pessoas estariam nessa condição temporária. Todos potenciais votos para Massa.
Só faltava essa, dementes dando palestra sobre doença mental. Pensa num medo de ter que trabalhar.
Resumindo, os parasitas do serviço público estão com medo de ter de trabalhar.
Isto seria um tratamento de choque para a primeira aula do curso….