As estatais da Argentina registraram déficit de US$ 5 milhões (1,6 bilhão de pesos) em 2023. O país foi governado pelo peronista Alberto Fernández até dezembro do ano passado.
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O ex-presidente deixou o país com um rombo nas contas públicas de US$ 18 milhões. A Argentina possui, atualmente, 33 empresas controladas pelo Estado, de acordo com o jornal Clarín.
O atual presidente, Javier Milei, tem realizado diversos cortes para reverter o déficit. Ele pretende, entre outras coisas, privatizar todas as empresas públicas da nação.
Para enxugar a máquina pública, Milei decretou a exoneração da direção colegiada da mídia pública e enviou para o Congresso um projeto para privatizar a estatal de comunicação. O presidente afirmou que é necessário “otimizar a eficácia e eficiência das ações” da companhia.
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Com o novo governo, a Argentina registrou, em fevereiro de 2024, um superávit nominal de 338,1 bilhões de pesos argentinos. Isso equivale a US$ 397,6 milhões. É o segundo saldo positivo seguido nas contas do governo.
O superávit nominal considera, no cálculo do balanço, o pagamento de juros da dívida.
Mesmo com os resultados positivos, o ex-presidente tem criticado a gestão de Milei. Em 13 de março, Fernández afirmou que a gestão do político de direita está “mergulhando a economia numa depressão profunda, com importantes consequências sociais”.
Governo de Milei reduz repasses para estatais da Argentina
O governo de Milei tem cortado os repasses para empresas estatais. De acordo com o jornal La Nacion, entre janeiro e fevereiro foram repassados US$ 300,6 milhões para as companhias públicas. O número representa um corte de 53%, em comparação ao mesmo período do ano passado.
Das 33 estatais, dez não receberam nenhum valor do governo nesses dois meses. É o caso da companhia aérea Aerolíneas Argentinas. Outras empresas, responsáveis por serviços ferroviários e de correios, receberam repasses mínimos.
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A estatal que mais recebeu verba do governo foi a Energía Argentina (Enarsa), considerada a empresa de energia mais importante do país. A companhia recebeu US$ 178 milhões do Tesouro Nacional nos primeiros meses do ano. O número representa quase 60% dos repasses do governo para as estatais. Ainda assim, a empresa recebeu cerca de 45,3% a menos que no período anterior.
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