Arqueólogos descobriram artefatos históricos e a área de assentamento da “cidade perdida” romana de Tenea, em Corinto, na Grécia. Iniciada em 2022, a pesquisa só foi concluída e divulgada no início da semana passada, pelo Ministério da Cultura e Esportes do país.
As escavações começaram quando uma equipe da pasta investigou um edifício público de 155 metros quadrados (m²). As primeiras descobertas revelaram artefatos importantes no local, como estatuetas dedicadas a deuses chamadas “votivos”, provavelmente ligados a um espaço de culto próximo. O edifício tem uma alvenaria de pedra elaborada, com um esconderijo de 18 moedas de prata e cobre, uma chave de ferro, um estilete e cerâmica romana.
Os pesquisadores também encontraram um esconderijo com 2,1 mil moedas que datam dos séculos 5 e 6 d.C. Algumas delas da época em que governavam Teodósio, Zeno, Anastácio IDicoro, Justino I e Justiniano I. Também descobriram vasos em miniatura, dracmas coríntias do século 4 a.C., lâmpadas e estatuetas que representam pássaros, cavalos e outros animais.
Os arqueólogos conseguiram achar ainda um monumento funerário romano perto da necrópole da cidade, com uma câmara subterrânea. Seu interior continha uma moeda do século 1 a.C. cunhada em Corinto, uma moeda de bronze de Atenas do período clássico, uma lâmpada com a representação do deus Ares e um incensário de vidro.
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Sobre a cidade explorada pelos arqueólogos
De acordo com o jornal de arqueologia Heritage Daily, por séculos, Tenea foi descrita apenas em mitos gregos, como na lenda de Édipo, o mítico rei de Tebas, ou na história de Archias de Corinto, que tomou colonos de Tenea e fundou a cidade de Siracusa, na Ilha da Sicília, e em textos históricos, como no texto do geógrafo Pausânias, do século 2 d.C., que afirmou que a cidade foi construída por prisioneiros de guerra troianos por volta de 1100 a.C.
Tenea foi “redescoberta acidentalmente” em 1984, quando moradores tropeçaram em um antigo sarcófago, enquanto cavavam um poço. Segundo a revista Galileu, os civis avisaram a arqueóloga Elena Korka, que lideraria as primeiras escavações no município, em 2013, a fim de proteger o local de danos de saqueadores.