Arqueólogos do Museu de História Local de Borschivskyy encontraram um tesouro na Ucrânia. O achado inclui joias, ferramentas de trabalho e cinco estatuetas femininas de “deusas” usadas em rituais. As peças estavam na caverna Verteba, na Província de Ternopil, informou o site Arkeonews, na segunda-feira 15.
Segundo os cientistas, as joias faziam parte de cerimônias religiosas de culto a divindades. Já as ferramentas de trabalho serviam para a produção de cerâmica. Os objetos eram feitos de dentes de javali, algo “único”, uma vez que os rituais dessa cultura são normalmente mais focados em animais domesticados, como gado, ovelhas, cabras e cães.
Além dessas peças, os arqueólogos descobriram um grande frasco de armazenamento de argila com um material orgânico branco, que ainda está em perícia.
Sobre a cultura por trás do tesouro da Ucrânia
O local onde o tesouro da Ucrânia foi encontrado era um santuário de adeptos da cultura Cucuteni-Trypillia. Pouco se sabe sobre as práticas religiosas dessas pessoas, visto que até cerâmicas dessa denominação são raras.
A cultura surgiu durante o período Neolítico-Calcolítico (5.500 a 2.750 a.C) na Europa Oriental e se estendia desde as Montanhas dos Cárpatos às regiões de Dniester e Dnieper, localizadas na atual Moldávia, e cobriu partes do oeste da Ucrânia e do nordeste da Romênia.
Uma característica dessa cultura eram o desmantelamento ou a queima regular de assentamentos, onde cada local de habitação individual tinha uma vida útil entre 60 e 80 anos.
Pesquisadores debatem a razão por trás da queima desses lugares. Alguns assentamentos foram reconstruídos diversas vezes em níveis habitacionais preexistentes, o que manteve a forma e a direção das estruturas anteriores.
Assentamentos como Talianki cresceram tanto quanto as cidades-estado da Suméria no Crescente Fértil, e esses locais da Europa Oriental antecedem as cidades sumérias em mais de 500 anos.