Neste início de ano, Oeste traz novamente aos leitores reportagens que fizeram sucesso ao longo de 2024. O texto abaixo, publicado originalmente em 5 de novembro, informa que atos gigantes vêm sendo treinados por cientistas para combater o tráfico de animais selvagens na África.
Leia a reportagem
Ratos gigantes vêm sendo treinados por cientistas para combater o tráfico de animais selvagens na África, tarefa na qual eles se destacam por seu olfato aguçado, informa o Financial Times.
Utilizados inicialmente para identificar tuberculose e minas terrestres, esses roedores agora são treinados para detectar contrabando de produtos como chifres de rinoceronte e escamas de pangolim.
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No porto de Dar es Salaam, Tanzânia, esses roedores foram bem-sucedidos em testes iniciais e estão sendo preparados para inspecionar armazéns e contêineres.
Os ratos-gigantes-africanos podem crescer até quase 1 metro de comprimento, do nariz à cauda. Várias fases fizeram parte do treinamento destes. Cada uma delas utilizou recompensas, como objetos aromatizados.
Com treinamento rápido e baixo custo, cada rato custa entre US$ 7 mil e US$ 8 mil, valores bem menores do que tecnologias de escaneamento avançadas.
“A imagem negativa dos ratos como animais sujos esconde o fato de que são disciplinados e muito limpos, inteligentes e simpáticos”, disse Kate Webb, outra coautora do estudo na África e professora assistente da Universidade Duke.
“Quando nossos ratos estão trabalhando, eles estão focados no trabalho.” Segundo Isabelle Szott, da Fundação Okeanos, eles são ideais para tarefas de campo, dado o custo-efetivo e sua capacidade de se adaptar a diferentes treinadores.
Ratos chegam a locais de difícil acesso
Os roedores também têm nomes em homenagem a conservacionistas famosos, como Marty e Desmond. Equipados com coletes de sinalização, ao detectar contrabando, os ratos acionam um alarme puxando uma bola.
Isso é crucial para ajudar as autoridades a conter um comércio que gera até US$ 20 bilhões anuais, como relatado pela Interpol. Trata-se de um dos maiores mercados ilícitos globais.
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O diretor da organização Traffic, Richard Scobey, afirmou que a adaptação constante das quadrilhas ao seu modus operandi requer respostas diversificadas, nas quais brigadas de roedores podem ser uma “ótima ideia.”
Ele ainda enfatiza que esses animais têm capacidade de atingir locais de difícil acesso, onde cães podem ter limitações.
Ao invés de treinar ratazanas, a Embrapa deveria estudar como domesticar e fazer reprodução em cativeiro dessa fauna pet. Alguém sabe como deve ser o viveiro de uma arara para ela botar ovo? Alguém sabe como deve ser um lago pra criar jacaré, ou em quanto tempo de filhote a adulto já dá um bom couro? Alguém tá criando capivara ao invés de porco, que transmite cisticercose? Pois é. As leis ambientais sufocam a domesticação da fauna silvestre, impedem que Amazônia e Cerrado de pé gerem renda e depois reclamam do desmatamento e da extinção de espécies. Muda o disco, pô! Se tem mercado valioso de arara e macaco pet, tá na hora de investir em ciência e tecnologia para a pecuária desses bichos, simples assim e ponto final.