Ao menos 40 pessoas morreram e várias outras ficaram feridas depois que uma bomba explodiu durante um comício político, no noroeste do Paquistão, neste domingo, 30, segundo autoridades policiais. A suspeita é que tenha sido um ataque suícida.
O alvo do ataque foram membros do partido religioso conservador Jamiat Ulema-e-Islam (JUI-F), que realizava uma reunião com a presença de mais de 400 pessoas — entre partidários e simpatizantes — na cidade de Khar, perto da fronteira com o Afeganistão.
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“Há 40 mortos e 123 feridos, incluindo 17 pacientes gravemente enfermos”, disse Riaz Anwar, delegado do Ministério da Saúde na Província de Jaiber Pastunjuá, à agência de notícias France-Presse. O número foi confirmado pelo governador provincial.
Até agora, nenhum grupo assumiu a autoria dos ataques. Contudo, nos últimos dias, o braço local do grupo Estado Islâmico (EI) realizou ataques contra o JUI-F. O grupo jihadista acusa o JUI-F de hipocrisia por ser um grupo religioso islâmico que apoiou sucessivos governos e militares.
Aumento de ataques terroristas no país
Houve um aumento substancial nos ataques desde que o Talibã afegão voltou ao poder no país vizinho. Entre os alvos estão comícios políticos, policiais e agentes de segurança.
Em janeiro, um homem-bomba ligado ao Talibã do Paquistão se explodiu em uma mesquita dentro de um complexo policial na cidade de Peshawar. Mais de 80 policiais morreram. O governo de Islamabad alega que alguns estão sendo planejados em solo afegão; Cabul nega.
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O governo paquistanês deve ser dissolvido nas próximas semanas, antes das eleições marcadas para outubro ou novembro, e os partidos políticos estão se preparando para a campanha. Os comícios políticos arrastam multidões nas cidades mais populosas do país.
Essas serão eleições já sob influência da Talibã do Afeganistão que voltou ao poder em 2021, depois da saída atrapalhada dos militares dos Estados Unidos da região, ordenada por Joe Biden.