Imane Khelif, atleta intersexual da Argélia que foi reprovada em testes de gênero da Associação Internacional de Boxe (IBA) em 2023, venceu a pugilista húngara Luca Anna Hamori na tarde deste sábado, 3, por um placar de 5 a 0 no boxe feminino de 66kg. Com a vitória na Olimpíada, Imane garantiu uma medalha para o seu país.
Imane Khelif wins again!!!! LET'S GO!!! pic.twitter.com/oiCaOzgzYL
— Alejandra Caraballo (@Esqueer_) August 3, 2024
Khelif volta ao ringue na próxima terça-feira, 6, para disputar um lugar na final contra a tailandesa Janjaem Suwannapheng.
Na quinta-feira 1°, Imane venceu a italiana Angela Carini, depois de uma desistência aos 46 segundos de luta. De início, foi especulado que a argelina seria transgênero, porém, sua condição intersexual veio à tona.
Em 2023, a IBA decidiu pelo banimento de Imane Khelif e da taiwanesa Lin Yu-ting, depois de testes avaliarem o gênero de ambas. Apesar de não divulgar o resultado, por questões de sigilo médico, o presidente do órgão, Umar Kremlev, afirmou que elas tinham cromossomos XY (masculinos) e altos níveis de testosterona.
O incidente dividiu opiniões nas redes sociais, já que o Comitê Olímpico Internacional (COI) não reconheceu a autoridade da IBA e permitiu a participação da argelina na disputa.
Depois da repercussão, o COI saiu em defesa de Imane. Ao jornal Folha de S. Paulo, o diretor de comunicação do comitê, Mark Adams, disse que o caso era “muito sério”.
“Estamos em contato, desde ontem, em termos de proteção”, afirmou. “É um caso bastante sério. Está acontecendo muito abuso on-line, e abuso muito desinformado. Estamos em contato bem de perto com os atletas e seus estafes.”
Boxeadora italiana se manifesta depois de incidente com atleta intersexual na Olimpíada
Angela Carini, por sua vez, relatou ao jornal italiano Gazzetta dello Sport que a controvérsia a deixou “entristecida” e que respeita a decisão do COI sobre a participação de Imane.
“Toda essa controvérsia me entristece”, disse. “Sinto muito pela minha oponente também. Se o COI disse que ela pode lutar, respeito essa decisão.”
A IBA, associação que baniu Imane Khelif das competições de boxe, decidiu dar à Angela o mesmo valor que será premiado pela agremiação aos medalhistas de ouro da modalidade. Ela receberá US$ 50 mil.
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Isso que dá as Olimpíadas da “Era WOKE”. Homem é homem, mulher é mulher. Que criem uma categoria LGBTIVYZUKWETC e pronto. Mas fazer essa palhaçada é INJUSTO com as genuinamente MULHERES