O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o ex-presidente Donald Trump venceram as primárias de seus partidos (Democrata e Republicano, respectivamente), no Estado de Michigan. As eleições ocorreram nesta terça-feira, 27.
Trump recebeu cerca de 68% dos votos, enquanto sua concorrente na disputa pela indicação do Partido Republicano, Nikki Haley, conseguiu por volta de 26%. Com o resultado, ele conquistou 12 dos 16 delegados em disputa.
Dos 95 mil eleitores democratas, Biden teve 81% dos votos. Em Michigan, ele enfrentou candidatos menores e a opção de “não comprometido” com nenhum dos democratas, que acabou conquistando 13% do eleitorado local. Dessa forma, o atual ocupante da Casa Branca levou 115 dos 117 delegados em jogo.
+ Leia mais notícias de Mundo em Oeste
Os votos em “não comprometido” são encarados por analistas como forma de “protesto” por parte do eleitorado democrata, em decorrência da política externa do presidente norte-americano em relação ao conflito na Faixa de Gaza. De acordo com o jornal Gazeta do Povo, Michigan possuiu uma das maiores populações árabes-americanas dos EUA, com cerca de 300 mil eleitores do Estado.
Michigan é “decisivo” nas eleições de Biden e Trump
De acordo com o canal CNN, Michigan é um dos “Estados-pêndulos”, ou seja, não é favorável a nenhum dos partidos, mesmo que tenha uma tradição democrata. Por isso, é considerado “decisivo” nas eleições.
Em 2016, Trump venceu no Estado e assumiu a Casa Branca. Quatro anos depois, em 2020, Biden havia derrotado Trump em Michigan e conseguiu vencer a disputa pela Presidência dos EUA.
Como funcionam as primárias nos EUA
Antes do pleito oficial, cada Estado norte-americano realiza prévias eleitorais (chamadas de primárias ou caucus). O objetivo é escolher o representante de cada sigla.
Nas prévias, há dois modelos para organizar as primárias. O método tradicional, chamado de primárias, usa cédulas em papel e realiza uma votação de facto. Já o caucus é uma reunião do partido, em que os eleitores se reúnem para decidir quem deve ser o candidato.
Leia também: “As gafes de Joe Biden”, artigo de Ana Paula Henkel publicado na edição 204 da Revista Oeste