O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou sanções contra a Rússia e o Irã. O político acusa os países de interferirem nas eleições presidenciais de 2024. Em comunicado oficial, na terça-feira 31, Biden disse que “os EUA permanecerão vigilantes contra os adversários que querem minar nossa democracia”.
O Kremlin rejeitou as acusações e afirmou que respeita a vontade do povo norte-americano. O governo de Vladimir Putin ainda classificou as acusações como “calúnias maliciosas”.
No dia da eleição, o Federal Bureau of Investigation (FBI) informou que as ameaças de bomba em locais de votação eram falsas e foram divulgadas por contas registradas na Rússia. A ação levou à interrupção temporária da votação em dois locais no Estado da Geórgia.
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Brad Raffensperger, secretário de Estado da Geórgia, disse que “os russos escolheram a Geórgia errada para se meter”, em referência ao país que faz fronteira com a Rússia. Recentemente, autoridades norte-americanas acusam o Kremlin de criar um vídeo falso para alegar que Kamala Harris, vice-presidente dos EUA, estava envolvida em um atropelamento e fuga.
Irã mirou imigrantes nos EUA
O Irã, por sua vez, foi acusado de disseminar desinformação em espanhol, com o objetivo de influenciar a comunidade de imigrantes nos EUA. O Departamento de Estado norte-americano informou que “esses atores procuraram alimentar tensões sociopolíticas e minar nossas instituições eleitorais durante as eleições gerais de 2024 nos EUA”.
As agências de inteligência dos EUA concluíram que a Rússia pretendia ajudar o presidente eleito, Donald Trump, a vencer, enquanto o Irã preferia a vitória de Kamala Harris.
A empresa de tecnologia Microsoft informou que, apesar das tensões no Oriente Médio, o Irã não diminuiu suas operações cibernéticas. O grupo iraniano de hackers, conhecido como Cotton Sandstorm, teria focado sites e meios de comunicação relacionados às eleições.
Do lado russo, agentes utilizaram uma técnica de imagem chamada deep fake para criar vídeos falsos sobre Kamala Harris. As publicações falsas incluem comentários depreciativos sobre Trump e caça ilegal na Zâmbia.