A seleção brasileira masculina de basquete ainda respira na Olimpíada de Paris 2024. A equipe jogou com consistência e venceu o Japão por 102 a 84, em Lille, na sua atuação mais equilibrada na competição.
Antes, o time brasileiro havia sido derrotado pela França e pela Alemanha, jogando um basquete competitivo em vários momentos, mas com quedas de produção durante os jogos.
+ Leia mais notícias de Mundo em Oeste
Assim que terminou a partida, o sorriso no semblante de jogadores como Marcelinho Huertas, Raulzinho e Bruno Caboclo, o destaque do jogo, já demonstrava que eles estavam confiantes na classificação, apesar de ela ainda não estar garantida.
Só foi confirmada pouco mais de duas horas depois, com a vitória da Grécia sobre a Austrália, por 77 a 71, que deixou os gregos com um saldo de -8, contra um saldo de -7 dos brasileiros.
Isso garante a classificação do Brasil como um dos dois melhores terceiros colocados entre os três grupos, independentemente do resultado do jogo entre Canadá e Espanha, pelo Grupo A.
Boa movimentação de Caboclo
Com a vitória, a seleção brasileira terminou na terceira posição do Grupo B, com 4 pontos, atrás de França e Alemanha, já classificadas. No jogo, diante de uma seleção perigosa, como o Japão, o Brasil soube conter as tentativas de ataque do armador Yuki Kawamura, que atua no Memphis Grizzlies, da NBA.
Caboclo, com ótima movimentação, por várias vezes saiu do garrafão para arremessar de longa distância, marcando várias cestas de 3 pontos. Ele fez 33 pontos e pegou 17 rebotes. Vitor Benite, ala e armador, com 19 pontos, também teve boa atuação.
Com vibração, Benite fez uma postagem no Instagram, em inglês, para comemorar a vitória e depois a classificação.
“Paris 2024, quartas de final, aqui estamos nós. Vamos para cima.”
A última vez que o Brasil disputou um jogo eliminatório no basquete em uma Olimpíada foi em Londres 2012. Derrotado nas quartas de final, o time ficou em quinto na classificação geral.
Na Rio 2016, a eliminação ocorreu na fase de grupos, com derrotas, entre outros, para a Croácia (do atual técnico do Brasil, Aleksandar Petrovic). O time ficou em nono lugar. A seleção não conseguiu se classificar para Tóquio 2020.
Bicampeão mundial no basquete masculino em 1959 e 1963, o Brasil tem tradição nesse esporte. Ganhou o bronze em três edições: Londres 1948, Roma 1960 e Tóquio 1964.
Nos Mundiais masculinos de 1967 e 1978, ficou com o bronze. No feminino, foi bronze no Mundial de 1971, ouro no Mundial de 1994, sua maior conquista na categoria, prata na Olimpíada de 1996 e bronze na de 2000.