Um dos três brasileiros desaparecidos em Israel depois do início da guerra em Israel, Ranani Nidejelski Glazer, de 24 anos, foi encontrado morto. A informação foi confirmada pela tia do jovem na noite desta segunda-feira 9. O pai de Glaze reconheceu o corpo do rapaz.
Ele estava desaparecido desde sábado 7, quando o grupo terrorista Hamas atacou um festival de música eletrônica em que estava com outros dois brasileiros, a namorada, Rafaela Treistman, e o amigo Rafael Zimerman.
O evento foi a 5 km da Faixa de Gaza. Homens armados do Hamas cercaram o local, lançaram granadas e dispararam contra o público.
Glazer chegou a postar em uma rede social sobre o bombardeio em um bunker. Ele vivia em Israel havia cerca de sete anos e morava em Tel-Aviv.
De acordo com relato de Zimerman, os três fugiram e se esconderam em um abrigo ao ouvir os primeiros disparos. Quando deixaram o local, ele e Rafaela não sabiam o paradeiro de Glazer.
“Quando saí do abrigo, dei de cara com a polícia”, disse Zimerman. “Estava com a Rafaela. Mas o Ranani, infelizmente, não saiu com a gente. Chorei demais. Agradeci. O que falei com Deus não está escrito.”
Segundo participantes da festa, um alerta de foguetes tocou logo ao amanhecer e foram seguidos de barulhos de tiros.
Os participantes do evento tentaram fugir do local correndo ou em carros, mas encontraram jipes de terroristas armados.
De acordo com o governo israelense, mais de 260 pessoas morreram no evento.
Brasileiro morava em Israel
Natural de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, Ranani Nidejelski Glazer vivia em Israel havia sete anos e tinha cidadania israelense. Ele havia terminado recentemente o tempo de serviço militar, obrigatório no país, e trabalhava como entregador.
Quando estava no Brasil, ele trabalhou como editor de vídeos e designer de propagandas animadas.
Segundo o Itamaraty, a estimativa é de que 14 mil brasileiros vivem em Israel, e outros 6 mil na Palestina.
Agradeçam as declarações do Molusco de Amorim.
Eles tem participação direta nisso.