O brasileiro Thiago Allan Freitas, de 38 anos, que foi sequestrado por criminosos em Guayaquil, no Equador, foi libertado pela polícia nesta quarta-feira, 10, segundo um de seus irmãos. Ele disse não ter mais detalhes, mas afirmou que Freitas já está bem e com os filhos.
O brasileiro vive há cerca de três anos no país. Natural de São Paulo, Freitas morava em Balneário Camboriú (SC), antes de se mudar para o Equador, onde é dono de uma churrascaria brasileira.
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Em nota, o Itamaraty confirmou o sequestro de Freitas e que, por meio da Embaixada em Quito, vem acompanhando as decisões tomadas pelas autoridades sobre o caso.
Brasileiro sequestrado
O conselheiro da Embaixada do Brasil, Afonso Nery, declarou nesta quarta-feira, 10, que o sequestro de Freitas não deve ter relação com a onda de violência que o Equador enfrenta.
“Estamos desde a tarde de ontem em contato com a família do sequestrado”, disse o diplomata em entrevista à CNN. “Primeiro, não nos parece que o sequestro tenha nenhuma ligação com essa violência de três dias em todo o país.”
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Segundo Nery, quando o filho recebeu uma ligação por telefone, “o pai estava com os olhos vendados e as mãos amarradas dizendo que havia sido sequestrado e os sequestradores pediam um resgate”.
O conselheiro afirmou que o resgate era de um valor e, depois de uma conversa do filho com os criminosos, ficou pela metade.
Neri também ressaltou que “os sequestradores parecem inábeis quando deram números de duas contas de bancos em Guayaquil na qual deveria ser depositado o pedido de resgate”.
Violência no Equador
A onda de violência no Equador iniciou depois de José Adolfo Macías Villamar, conhecido como Fito, um dos líderes da facção criminosa Los Choneros, ter fugido de uma prisão em Guayaquil.
Na terça-feira 9, um grupo de homens encapuzados e armados invadiu as instalações do canal TC Televisión, de Guayaquil. A ação foi transmitida ao vivo e mostrou funcionários sendo obrigados a se deitarem no chão.
A polícia prendeu 13 pessoas e e apreendeu armas e explosivos com os criminosos.
Segundo o governo do Equador, mais de 130 agentes penitenciários e outros funcionários são mantidos como reféns por detentos, nesta quarta-feira, 10, em pelo menos cinco prisões do país. Na noite de terça-feira 9, o presidente Daniel Noboa decretou a existência de um “conflito armado interno” no país.
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