Uma cápsula de suicídio assistido poderá ser usada pela primeira vez na Suíça, até o fim de 2024. A empresa responsável pelo procedimento, The Last Resort, fez o anúncio nesta quarta-feira, 17.
O equipamento recebeu o nome de Sarco, que significa sarcófago — uma espécie de urna funerária colocada sobre o solo.
O país legalizou o suicídio assistido sob condições precisas. Contudo, o governo suíço recebe críticas por permitir que pessoas tirem suas próprias vidas de dentro de uma cápsula.
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O maquinário tem um design futurista. Ao entrar no Sarfo, a pessoa aperta um botão para liberar nitrogênio. A substância se torna tóxica assim que inalada sem uma quantidade concentrada de oxigênio.
Florian Willet, vice-presidente do The Last Resort, disse que a invenção tem um “espaço seguro para morrer pacificamente”. O executivo afirmou que quer usar a cápsula no final da sua vida.
“Não consigo imaginar uma maneira mais bonita de respirar ar sem oxigênio até cair em um sono eterno”, afirmou o executivo, durante coletiva de imprensa.
Preço para usar a cápsula de suicídio na Suíça é de R$ 112
Uma pessoa que decide se suicidar na Suíça deve passar por uma avaliação psiquiátrica. Com o pedido aprovado, a pessoa entra no maquinário, fecha a tampa e responde uma série de perguntas. A etapa final do processo, nesse sentido, é acionar o botão que libera o nitrogênio.
A princípio, não há previsão para o primeiro uso da máquina. Sobretudo, a socióloga Fiona Stewart, do conselho consultivo da The Last Resort, afirmou que poderia acontecer ainda esse ano.
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“Assim que houver um candidato específico e tivermos todos os detalhes sobre ele, poderemos seguir em frente e definir uma data”, afirmou Willet.
Ele afirmou que o preço para usar a máquina é de aproximadamente 18 francos suíços. O valor equivale a R$ 112, na cotação atual.
A cabine é invenção do médico australiano Philip Nitschke.
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