Céline Dion não é esportista, mas já inicia os Jogos Olímpicos no pódio da superação. Como cantora, afinal, carrega uma mensagem tão especial como a tocha olímpica. A consagrada artista canadense, que encantou o mundo entre os anos 1980 e 2000, será uma das estrelas da cerimônia de abertura, no Rio Sena.
Ela voltará a apresentar-se para uma multidão, depois de cerca de dois anos. Neste período, sua voz suave e profunda se calou depois de ela ser diagnosticada com uma rara e incurável doença, a síndrome de pessoa rígida, em 2022. Essa enfermidade impede o relaxamento dos músculos e provoca espasmos e dor intensa.
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Em Paris, nesta sexta-feira, 26, a partir das 14h30 (de Brasília), Céline fará a primeira apresentação depois de cancelar os shows para zelar por sua saúde. Ao chegar à capital francesa, na terça-feira, 23, ela foi recebida e reverenciada por uma multidão de fãs. Até o momento, até pela intensidade da cobertura dos jornais franceses, ela é a maior atração do evento.
“Céline Dion na cerimônia de abertura, nos bastidores de um retorno milagroso”, estampou como uma das manchetes o Le Parisien.
As pessoas se aglomeraram em frente ao hotel Le Royal Monceau no momento da chegada dela. Em retribuição, antes de entrar, a cantora colocou o corpo para fora do carro pelo teto solar para agradecer.
“Estou tão feliz de estar aqui com vocês nesta semana!” Céline então prosseguiu, nesta mensagem no Instagram, postada nesta sexta-feira. “Gostaria também de estender um caloroso agradecimento aos policiais locais por nos manterem seguros.”
Desde terça-feira, quando chegou, Celine, se mostra entusiasmada por atrair novamente os holofotes, segundo o Le Parisien. Ela chegou à França com um sorriso. A presença da estrela passou a ser explorada pelo presidente francês, Emmanuel Macron.
Espetáculo no Rio Sena
Durante entrevista à France 2 e à France Bleu, Macron disse estar na expectativa de que Celine se apresentasse na cerimônia de abertura. E acrescentou que esta seria uma “notícia tremenda”.
“Seria uma ótima notícia, porque ela é uma grande artista”, disse o presidente aos jornalistas Nathalie Ianetta e Thomas Sotto, sem esconder um sorriso. “Ficaria imensamente feliz se ela pudesse fazer parte desta cerimónia de abertura, como todos os nossos compatriotas”, completou, sem, no entanto dar mais detalhes sobre as “surpresas” previstas no espectáculo sobre o Sena, elaborado por Thomas Joly.
Há a possibilidade de, ao lado de outra estrela, a norte-americana Lady Gaga, Céline Dion cantar a consagrada La Vie en Rose, que virou uma espécie de hino romântico na voz de Édith Piaf. Muitos consideram que seria um momento sublime ouvir a melodia se espalhar pelas centenárias ruas de Paris.
Mas ela bem que poderia acrescentar ao repertório olímpico o seu grande sucesso Immortality. Na música, sua voz vai às alturas e, em coro com o Bee Gees, Céline canta frases como: “Eu faço minha jornada através da eternidade.” Tem muito a ver com o atual momento. Na mitologia, a Olimpíada também foi idealizada, na Grécia Antiga, por Cronos, o deus do Tempo.